• Rodrigo

    Gostaria de fazer algumas perguntas a você.Primeiro como o problema do Crack e da Cracolândia deve ser resolvido e Por Quê?e Segundo:Você concorda com algum ponto do Libertarianismo?

  • Everson Tescaro

    Não sou conhecedor das ciências sociais, antropologia e afins… realmente a matéria tem lógica e faz sentido… concordo que o poder público, assim como a sociedade em geral é responsável pelo coletivo, responsável tanto em atender o acidentado quanto aquele que por algum motivo, entrou pelo caminho da droga…
    Só não consigo considerar essas pessoas como vítimas… foram citados várias possíveis situações que poderiam levar uma pessoa a esse estado de degradação, porém não consigo entender, pois quantos outros que passaram pelas mesmas situações de dificuldade, violência familiar, pobreza, etc e conseguiram enfrentar a situação de forma diferente, sem se entregar?
    Claro que cada um tem um perfil diferente, um histórico diferente… mas considerá-los como vítimas inocentes das circustâncias penso ser tão insensato quanto as opiniões que contrariam a ajuda a eles financiadas pelo dinheiro público.
    Com excessão das crianças que lá nasceram ou foram levadas pelos pais também viciados, um jovem ou adulto que entra por esse caminho, tem sua parcela de culpa.

    • http://tsavkko.com.br Raphael Tsavkko

      Nem todos são iguais, nem todos sofreram o mesmo tipo de abuso ou violência e, claro, nem todos respondem da mesma forma ou tiveram efetiva chance de escapar do ciclo vicioso.

      As pessoas são diferentes. Tem capacidade e limites diferentes. Nem todos, porém, são “vítimas inocentes”, mas sim, são vítimas de um sistema que corróia sua própria estrutura.

      • http://www.libertarios.com.br filipe celeti

        Se as pessoas são diferentes, isto é, únicas em sua existência e modo de lidar com o mundo, por que suas escolhas, dadas a partir de sua individual estrutura e experiência social, devem ser de responsabilidade de todos?

        É interessante notar que este texto também é de uma camada social que se sente ressentida por não ter vivido tais problemas e sentem um “mea culpa” pela situação de outros.

        Gostaria de saber sim a opinião de quem tinha toda a estatística a favor para se tornar um usuário de crack e não se tornou. Essa pessoa que lutou contra as contingências de sua existência para não se tornar um viciado em crack deve financiar tratamento daqueles que não lutaram o suficiente?

        • http://tsavkko.com.br Raphael Tsavkko

          Porque por masi que as pessoas sejam diferentes, elas também são fruto de suas convivências. São influenciadas e influenciam o meio em que vivem e até chegam a mudar características suas para se adaptar ao meio.

          E… desculpa, mas ressentido por não ter vivido o que? Por não ter me viciado em crack? Que raios de “argumento” é esse? Usar ataques pessoais não é uma idéia interessante quando acabam os argumentos.

          Se interessar, me embaso nesse texto em pensamentos sociológicos reconehcidos, como a noção de “fato social” de Durkheim e não em achismos.

          Enquanto vivemos em sociedade os ganhos e os ônus de todos devem ser divididos. Talvez você não ache justo pagar pra um drogado se tratar, mas tenho certeza que, se precisasse do SUS depois de um acidente de carro iria ficar grato por ter sido salvo com dinheiro de todos.

          • alooin

            Rafael, você obviamente entendeu tudo errado. Não importa se o sujeito iria gostar ou não de ser atendido pelo SUS em caso de necessidade. Não é uma questão de utilidade, a questão é de justiça. Ser obrigado a pagar por uma situação para cuja ocorrência não concorreu é injusto, não faz o menor sentido.

            Somos animais sociais, e daí? Você consegue explicar esse salto lógico que dá do fato de sermos animais sociais, convivermos e precisarmos uns dos outros, para a conclusão de que esse convívio tem de se dar através do pagamento compulsório das custas pelos atos individuais dos outros? O mercado, por exemplo, é a maior expressão social do fato de sermos animais sociais e é natural e não compulsório. Porque então você não conclui que o mercado é a opção moralmente correta?

            Você precisa parar de achar tudo óbvio e ser mais rigoroso com a lógica argumentativa. A construção dos seus argumentos é pateticamente frágil, cheia de afirmações tiradas da cartola e conclusões a partir de saltos lógicos completamente sem sentido.

        • Marina

          ” (…) a resiliência se trata de uma tomada de decisão quando alguém depara com um contexto entre a tensão do ambiente e a vontade de vencer. Essas decisões propiciam forças na pessoa para enfrentar a adversidade. Assim entendido, pode-se considerar que a resiliência é uma combinação de fatores que propiciam ao ser humano condições para enfrentar e superar problemas e adversidades.”
          http://pt.wikipedia.org/wiki/Resili%C3%AAncia_%28psicologia%29

          Bom, como cada pessoa é uma pessoa, os níveis de resiliência de cada um são diferentes, mesmo entre pessoas com condições socioeconômicas semelhantes.

          “Se as pessoas são diferentes, isto é, únicas em sua existência e modo de lidar com o mundo, por que suas escolhas, dadas a partir de sua individual estrutura e experiência social, devem ser de responsabilidade de todos?”

          Bom, então tu acha que, se eu tenho inclinações a acabar numa Cracolândia em função das minhas condições de vida, mas não tenho os mesmos recursos individuais para superar a minha condição como teve o meu vizinho, que conseguiu ter um emprego e mudar de vida, por exemplo, o problema é unicamente meu, e o resto da sociedade não tem nada a ver com isso?

      • http://www.libertarios.com.br filipe celeti

        continuando…

        Culpar toda a sociedade pelas péssimas condições é um absurdo.

        O real culpado pela miséria é o governo, com suas restrições de liberdade, suas leis que impedem o desenvolvimento dos que nascem em desvantagens e todas as regulamentações que deixam os pobres mais pobres. Esse corporativismo é que é o culpado. O Estado é o responsável, mas se o Estado é o responsável pela situação deplorável que chegamos a solução, obviamente, não é mais Estado, leis, regulamentações e etc.

        • http://tsavkko.com.br Raphael Tsavkko

          Real culpa é do governo? Amigo, QUEM elege o governo? Meia dúzia de alienígenas ou o conjunto – ou ao menos a maioria – da sociedade? Culpar o “governo”, “figura hipotética que muda a cada quatro anos com SEU voto é fácil, mais fácil do que olhar pra si e tentar entender porque as coisas não mudam.

          Já pensou que seu voto faz diferença? Que sua campanha faz diferença? Você acha absurdo sequer que o coletivo ajude quem precisa, imagina então se algo vai mudar?

          O “Estado” não é responsável por nada sem que nós deixemos que as coisas aconteçam. TODOS nós votamos e decidimos em quem controla o Estado.

          • Nyappy!

            “A democracia transformou-se não no governo da maioria, mas no domínio de grupos minoritários bem organizados e com boas conexões políticas, que saqueiam as posses da maioria. Ela gerou exatamente aquilo que seus maiores proponentes queriam: um governo autocrático e centralmente consolidado. Não é nenhuma coincidência que o governo tenha crescido à medida que os privilégios foram sendo expandidos: cada vez mais grupos têm a oportunidade de se servir da liberdade e da propriedade de terceiros.”- Lew Rockwell

        • Marina

          É muito fácil culpar o Estado, uma instância sem identidade que, no fim das contas, não é ‘ninguém’.

          E muito cômodo também, já que não sou eu que estou sofrendo com o problema, então não preciso me implicar com ele.
          Se eu nasci numa família que pode me dar educação formal e moral, mas o cara lá da Cracolândia não, o problema é dele, né? O que eu tenho a ver com isso?

      • Rodrigo

        Raphael,eu sou centrista que acredita que o estado Socialista e o Neoliberal ou Libertarianista são um desastre,pois o governo não pode nem ter tudo e nem se abster de tudo e exemplos de desastres nesses casos não faltam e o estado ideal é aquele que toma conta da Educação,Saúde,Segurança,Justiça,Saneamento Básico e Transporte Público e incentivar a Agricultura e a Economia e o resto deve ser dado ao capital privado.

        • Raphael Tsavkko

          “dado” ao capital privado… Vejamos, o que nós, com nosso dinheiro, construímos, deve ser…. dado? Pra que? Pros empresários fazerem farra, com ofazem hoje?

          • Rodrigo

            Quando quis dizer isso, eu quis dizer que o setor privado cuidará melhor de algumas coisas melhor que o setor público como os Aeroportos,Portos,Estradas,Ferrovias,Hidrovias e o setor elétrico e o que o governo tem que fazer é fiscalizar,regulamentar e promover a concorrência entre os empresários.

  • Mauricio

    PERFEITO!

    • http://tsavkko.com.br Raphael Tsavkko

      Obrigado, Maurício!=)

  • Rodrigo

    Então o que a prefeitura deveria fazer para resolver esse grave problema social?

    • http://tsavkko.com.br Raphael Tsavkko

      TRatamento médico e psicológico, abertura de CAPS suficientes para todos, criação em áreas onde pessoas com necessidades possam viver e ser atendidas… Enfim, tratar como humanos e com dignidade quem precisa.

      • http://vilarnovo.wordpress.com Pablo Vilarnovo

        Concordo com sua solução e como liberal discordo muito das caraterísticas que colocou. Acho que sua ideia de liberal está muito torta e equivocada.

        As leis, que propõe o convivio social, são bem considerada pelos liberais que costumam falar sobre “império da lei”. Para nós, o indivíduo vem primeiro da sociedade. Porque não há sociedade sem o indivíduo sendo a sociedade nada mais que a soma de um grupo de indivíduo. Portanto as leis devem garantir direitos “básicos” para o convívio entre os indivíduos.

        Os maiores ataques aos liberais são feitos por: a) pessoas que não conhecem o liberalismos e b) socialistas que após a falência social e econômica do socialismo elegeram o liberalismo como alvo de salvação.

        Da mesma forma que consideramos um indivíduo que consome drogas responsável por sua decisão, consideramos que um indivíduo que causa um acidente automotivo porque estava acima da velocidade permitida TAMBÉM responsável por ele (e em alguns países mais civilizados isso é cobrado, ou seja, um motorista que causa um acidente onde é provado sua culpa, paga pelos custos do atendimento). Isso porque diferente do que escreveu, não olhamos a conta bancária e sim as decisões pessoais de cada um.

        E isso faz compreender porque duas pessoas que apesar de estarem em um mesmo ambiente tomam caminhos diferentes. Isso faz compreender que por exemplo na Rocinha aqui no Rio, 99,9% das pessoas são honestas e trabalhadoras e um pequeno percentual é de traficantes. Usei a Rocinha como área pobre, com grandes dificuldades e deficiências públicas.

        Outro contraponto que faço é que mesmo no tratamento a dependentes químicos a decisão individual é fundamental:

        “O sucesso de qualquer tipo de tratamento para uma dependência química passa, em grande parte, pela vontade do usuário de se manter afastado da droga (abstinência). Sem isso, nenhuma proposta terapêutica funcionará.”
        http://www.brasil.gov.br/enfrentandoocrack/superacao/recuperacao
        Logicamente aliado há várias outras coisas como tratamentos psicológicos, apoio familiar entre outras coisas e nesse ponto concordo contigo que o papel do Estado é fundamental.

        Então, como liberal, entendo que a verdade está no meio. Sim, o ambiente influencia, sim o meio influencia, mas no final de contas é a decisão individual que conta.

        Gostei muito do assunto que é bastante interessante. Parabéns pelo artigo.

        P.S.: Sou liberal, mas não sou rico. Felizmente tive um pai que sempre trabalhou (e até hoje trabalha) consertando automóveis que nunca teve condições de comprar pois preferiu (mais uma decisão individual) dar a melhor educação possível a seus dois filhos e a uma mãe que abriu mão de muitas coisas para estar acompanhando a educação dos mesmos. E assim como eu, conheço dezenas de liberais com o mesmo histórico. Reconheço que não é fácil ser liberal em um país como o Brasil. Começando pela academia onde autores liberais são personas non gratas. Isso, claro, em nome do pluralismo acadêmico que aqui pesa apenas para um lado.

  • Matheus Kiskissian

    A despeito de suas ofensas, não sou um “ultraliberal defensor da pena de morte e alheio ao sofrimento humano”.

    Apenas acredito que: 1) Toda essa bobagem de guerra contra as drogas fez surgir drogas com alto potencial ofensivo como o crack

    2) Prisão e assistencialismo não irão melhorar a vida de ninguém. Tudo que o estado irá criar estará no nível dos já conhecidos manicômios e novas cracolândias irão surgir enquanto estado continuar se metendo na vida das pessoas.

    Logo, a única solução é o estado parar de interferir no comércio de drogas.

    • http://tsavkko.com.br Raphael Tsavkko

      amigo, que ofensas? Nunca te vi na vida e nunca te escrevi uma mensagem, onde te ofendi?

      1) Sem duvida. Lutar contra as drogas é desculpa para lutar contra os dependentes e deixar o tráfico se fortalecer e ramificar, o que garante lucros altíssimos – de um jeito ou de outro – pros governantes.

      2) É mesmo? E o que melhora? O “mercado”, o mesmo que regula oferta e procura de drogas pesadas ou aquele onde emrpesas formam monopólios e cartéis? A empresa privada vai cuidar do doente ou jogá-lo no lixo – como, aliás, já faz?

      O Estado tem que REGULAR o mescado de drogas, liberando algumas drogas e fazendo um controle de todo o processo para acabar com o tráfico. Tem que criar locais de assistência humanos, como os CAPS para dependentes e ajudar em seu tratamento.

      “MErcado” é uma piada em que só quem nunca precisou do Estado acredita, ou quem tem péssimas intenções ou é simplesmente cego. Empresas buscam o lucro e apenas o lucro, não improta como. Não tem ética ou responsabilidade, apenas voracidade.

  • Matheus Kiskissian

    E por favor, pare de dizer que libertários são egoístas que acham que não dependem de ninguém. Isso é muita desonestidade intelectual de sua parte.
    Eu sou adulto, trabalho, estudo e pago meus impostos, não vim de família rica e nunca precisei de auxílio estatal para construir minha vida.

    Ser um libertário é acreditar que o melhor caminho é a liberdade irrestrita. É acreditar que todo intervencionismo estatal está impedindo as pessoas de alcançarem seus potenciais e afetando mais – em última instância – os mais pobres.

    • http://tsavkko.com.br Raphael Tsavkko

      Nem todo libertário precisa ser egoíst, mas todo ele é cego e iludido, me perdoe pela sinceridade. E liberdade irrestrita chama-se libertinagem. Liberdade irrestrita de lucro, de exploração, de abusos, de “liberdade de empresa” em detrimento da maioria….

      Sem o “intervencionismo” do Estado hoje teríamos um sistema de saúde dos EUA, onde pobres morrem pq não podem pagar planos, teríamos trabalho escravo legalizado…

      Quem tem menos “potencial” seria simplesmente jogado no lixo. Somos diferentes, temos capacidades e necessidades diferentes, acreditar que o “mercado” vai suprir as necessidades de todos é coisa que nem uma criança é capaz de acreditar nos dias de hoje. Piada de péssimo gosto.

      Libertário típico é aquele rico ou cara que ascendeu socialmente que acha que todos são iguais ou tem obrigação de serem iguais e que quem precisa de ajuda é inútiil, não se esforçou e outros blablablas do tipo. É risível.

  • Geraldo Boz Junior

    Raphael, o libertarianismo não tem nada contra ajudar as pessoas que usam crack. A filantropia e a caridade são coisas bonitas e os libertários não têm absolutamente nada contra ajudar quem precisa de ajuda.

    O que um libertário não aceita é ser obrigado a ajudar. Um libertário acredita que filantropia e caridade só fazem sentido se forem voluntárias. Quando uma pessoa é obrigada a ajudar os outros, quando seu dinheiro é retirado a força do seu bolso com a nobre desculpa de que é para ajudar outros, um libertário não vê nisso nenhuma caridade, mas sim um roubo.

    Quando o governo se mete a fazer caridade com nosso dinheiro, a corrupção desvia os recursos, a inépcia dos burocratas, mesmo quando bem intencionados faz o dinheiro dos contribuintes escoar pelo ralo e os que precisam de ajuda continuam à mingua. “Não há cheiro pior do que o que emana da bondade corrompida” (henry david thoreau).

    Na verdade, fácil mesmo fazer caridade com dinheiro dos outros (e ainda ficar com a maior parte do dinheiro para si mesmo).

    • http://tsavkko.com.br Raphael Tsavkko

      E quem está falando em filaltropia ou caridade? Estou falando m responsabilidades do Estado, que para os libertários mal deveria existir.

      Para muitos, o egoísmo impera, mas quando precisam de ajuda logo aprendem como é necessário não apenas ser parte da sociedade, mas contribuir com ela.

      O que você chama de caridade nada mais é do que o dinheiro indo pra quem precisa, mas não retornando para bolsos que não rpecisam. Corrupção e etc são mazelas que não são típicas do Estado, mas é um reflexo da soceidade. O Estado ou ao menos o governo é criado pela sociedade, é mantido por ela e se ele tem problemas é porque a sociedade também os tem. Querer escapar da responsabilidade é muito pior. Ou você acha que empresas e o tal mercado” são bonzinhos e resolverão todos os nossos problemas? Isso é, pra dizer o mínimo, ingenuidade.

      Nem nos países mais avançados do mundo as empresas são livres, muito pelo contrário, são primeiro mundo porque regulam empresas e todos contribuem com o social. O mais forte ajuda o mais fraco, rompendo com a “tradição” dos animais irracionais.

      “livre concorrência” em que o mais fraco é abandonado é animalesco.

      quer combater corrupção e a corrosão do Estado? Justo, mas querer eliminar ou diminuir o Estado pra ficar na mão de corporações que só visam lucro? É burrice.

      A maioria dos libertários que conheço adoram o #mimimi do “Estado é malvado, tem corrupção”, mas são os primeiros a sonegar, a não pagar multas, a cometer pequenos deslizess que acam insignificantes, mas que são iguais – tirando proporções – aos do Estado. Aliás, essa raivinha do Estado é simplesmente burra. Ao invés de lidar com o problema, melhor eliminá-lo. Pena que ele não pode ser eliminado.

  • Nyappy!culpa

    Me desculpe Tssavko, mas eu não concordo.

    Você diz que somos animais sociais, portanto devemos cada cidadão deve ter resposabilidade por isso? Ter responsabilidade por pessoas que, injustiçadas ou não, fizeram suas escolhas?

    Não é anti-libertário eu me importar com as outras pessoas, voluntariamente querer ajudar e, com meus próprios recursos, encaminha-lás para centros de recuperação, ou até mesmo pessoas que voluntariamente se associam para ajudar as pessoas, desafortunadas ou não, que fizeram más decisões na vida.

    Note que eu escrevi “voluntariamente” algumas vezes, isso é porque acredito na associação voluntaria de pessoas para ajudar, não usando agentes coercivos, como o estado para tomar dinheiro das pessoas e tentar distribuir forçadamente para outras, tente assistir esse vídeo: http://www.youtube.com/watch?v=PGMQZEIXBMs

    Se os tratamentos particulares são caros, uma boa parte da culpa é do estado por tentar forçar uma saúde pública de má qualidade para todos, em nenhum país a saúde pública consegue ser boa, só ver quantas pessoas morrem esperando um médico ou no Canadá, onde as pessoas esperam 6 meses para fazer uma simples cirurgia no joelho, não há como driblar as leis economicas, nunca o estado conseguirá ser mais eficiente que o livre mercado, aquele livre mercado que valoriza a individualidade, coisa que os socialistas tanto odeiam.

    PS.: Sou um Libertário de classe média baixa, trabalho todos os dias para conseguir o pão e esse ad hominem no final me deixou particularmente irritado, pois isso é desonestidade óbvia.

    • Nyappy!

      No comentário anterior eu quis dizer saúde socializada, em todos os países com saúde socializada a saúde simplesmente é ruim.

      No Canadá, por exemplo, a fuga de médicos querendo fugir dos baixos salários é imensa, a falta de medicamentos é lógica por um motivo: quando o estado força preços abaixo do mercado a tendência é que o mercado não aloque recursos para aquilo, simplesmente o medicamento vai faltar, as coisas não vão aparecer magicamente e como TODOS vão ser forçados a pagar e se utilizar daquilo, todos perdem, até mesmo os mais pobres que de um lado terão preços proibitivos, do outro um estado ineficiente, correndo o risco de morrer na fila.

      • http://tsavkko.com.br Raphael Tsavkko

        O sistema canadense já foi ótimo. A idéia veio do Quebec, onde o sistema sempre funcionou – aliás, ele continua muito bom em comparação com diversosp aíses semelhantes em termos sociais.

        E, você dá sua resposta de como o libertarianismo é estúpido na própria explicação. Exato, o Estado força preços para baixo para que TODA a população tenha acesso à saúde. Qual o outro modelo? Preços caríssimos, impossíveis para a maior parte da população onde só uma minoria vai usar e isso já sustentará o “mercado”.

        • Nyappy!

          É engraçado, um cara como você que acha que tem algum crédito para criticar a religião, troca a adoração por alguma deidade pela adoração ao estado e acredita em criacionismo econômico.

          Lógico que se o estado força os preços para baixo do mercado, o mercado não vai conseguir prover isso por muito tempo, só resta o estado tentar prover, mas ele terá prejuízos e isso vai aumentar o débito estatal(não é incomum um estado gastar mais do que arrecada, tipo o Brasil) e ele simplesmente vai recorrer ao banco central para imprimir dinheiro(ou vender títulos para conseguir arrancar mais dinheiro), simplesmente aumentando a inflação, punindo o mais pobre, simples.

          Eu já acessei seu site, já fui socialista que acreditava no Marxismo(li os escritos dele, inclusive, diferente desses ratos de sindicato), criacionismo econômico não existe, “os capitalistas imundos” não conseguem, na mundo real, ganhar lucros assombrosos, a não ser que eles tenham algum monopólio(ou oligopólio) protegido, tipo pelo o estado, o estado que você adora.

    • http://tsavkko.com.br Raphael Tsavkko

      Pessoas fazem escolhas tanto por idéias próprias quanto por influência. Eu e você somos iguais. Umas fumam cack, outras só compram um livro que foi indicado por outro.

      Tratamento particular é caro porque visa lucro. Tudo que visa lucro é mais caro. Competição é uma falácia, mostre algum setor em que os preços não são cartelizados ou mesmo monopolizados. Sem o Estado seria muito pior.

      O Estado não te força (sic) a pagar apenas para ajudar os outros, ele também te força (sic) a pagar para existir iluminação pública, esgoto, energia elétrica, para cuidar da segurança, para criar estradas… Ele falha? Claro. Tem corrupção, mas somos todos humanos, porque não combatemos a corrupção ao invés disso?

      E não há país com bom sistema de saúde público? Você já foi ao Reino unido? à Escandinávia? E mesmo no Brasil, não fosse pelo SUS teríamos dezenas de vezes mais mortalidade, pois ocê já viu quanto custam os planos de saúde e como eles são simpáticos na hora de pagar por consultas e cirurgias?

      Você acha que empresas, sem regulação, iriam ser “boazinhas” e resolver os problemas? Pra uem você iria reclamar se não funcionasse? Deus?

      boa sorte vivendo nos EUA e precisando se tratar por algo. Lá é o paraíso do liberalismo, da desregulamentação. Meia dúzia de empresas vorazes cobram preços altíssimos e a maiorp arte do povo não tem como se tratar.

      • Nyappy!

        Pessoas fazem escolhas tanto por idéias próprias quanto por influência. Eu e você somos iguais. Umas fumam cack, outras só compram um livro que foi indicado por outro.

        Concordo, elas só fazem coisas por vontade própria, mesmo que essa vontade tenha sido despertada por uma indicação, indicação essa sem coerção.

        Tratamento particular é caro porque visa lucro. Tudo que visa lucro é mais caro. Competição é uma falácia, mostre algum setor em que os preços não são cartelizados ou mesmo monopolizados.

        Tudo que visa lucro é de fato mais caro, mas esse lucro é resultado de um trabalho, ninguém vai te vender por preço de custo ou menos, a não ser que haja um prejuízo ainda maior como resultado de perder o produto por trás. O lucro é diminuído com a concorrência, essa concorrência visa os consumidores, de fato existe uma pequena tedência de monopólio, mas se um monopólio se formar, em um livre mercado sem regulações, foi de fato uma atestado de superioridade entre as outras, esse monopólio terá que se manter competitivo para continuar sendo um monopólio, pois se o monopolista não se cuidar, outra empresa mais eficiente ganhará num piscar de olhos.
        Bem, um setor não monopolizado ou cartelizado eu poderia dizer o setor de informática e o de eletrônicos, você poderia dizer que a Intel é um monopólio, mas a Intel sofre forte concorrência com os processadores ARM e tenta sim manter seus preços mais competitivos — se um tipo de produto se torna mais caro, o mercado sempre vai atrás de substitutos.

        O Estado não te força (sic) a pagar apenas para ajudar os outros, ele também te força (sic) a pagar para existir iluminação pública, esgoto, energia elétrica, para cuidar da segurança, para criar estradas… Ele falha? Claro. Tem corrupção, mas somos todos humanos, porque não combatemos a corrupção ao invés disso?

        Por que não desestatizamos isso e deixamos os consumidores esconher o melhor para eles?

        E não há país com bom sistema de saúde público? Você já foi ao Reino unido? à Escandinávia? E mesmo no Brasil, não fosse pelo SUS teríamos dezenas de vezes mais mortalidade, pois ocê já viu quanto custam os planos de saúde e como eles são simpáticos na hora de pagar por consultas e cirurgias?

        Que belo sistema de saúde, hein?

        boa sorte vivendo nos EUA e precisando se tratar por algo. Lá é o paraíso do liberalismo, da desregulamentação. Meia dúzia de empresas vorazes cobram preços altíssimos e a maiorp arte do povo não tem como se tratar.

        O mesmo país que entrou em crise por causa do labirinto de regulamentações e controle monetário? No, thanks.

  • http://www.youtube.com/DanielFragaBR Dâniel Fraga

    E quem disse que alguém tem que optar por um caminho “difícil” como se isso fosse uma virtude? É “difícil” enxugar gelo e nem por isso é o melhor caminho!

    O autor poderia responder: de quem nós dependemos? Tudo que tenho foi comprado com meu esforço pessoal. O governo não me deu nada e ninguém me deu nada também.

    Me parece que o autor do texto é que não consegue nada por si só e defende esse sistema onde as pessoas dependem de outras ou do governo.

    • Rodrigo

      Dâniel, eu assisti alguns vídeos seus e eu concordo com algumas de suas ideias como o fim do voto obrigatório e a privatização dos aeroportos, mas gostaria de dizer que o estado Neoliberal é um desastre e o mesmo vale para o estado Socialista.Dica de livro:Terapia de Choque, A ascensão do Capitalismo De Desastre de Naomi Klein, que fala sobre os impactos que o Neoliberalismo causou em diferentes sociedades com péssimas consequencias sociais.
      E pra finalizar, eu acredito que o governo deve fornecer educação, saúde,segurança,justiça juridica,transporte urbano,investir na agricultura e fiscalizar e regulamentar a economia.

      • André Poffo

        Neoliberalismo no Brasil? O que é neoliberalismo?

        Por favor: http://www.ordemlivre.org/2012/01/as-algemas-economicas-do-brasil/

      • Nyappy!

        Rodrigo, não confunda estado “neoliberal” com o que o libertarianismo propoe, nem confunda com as opiniões de Dâniel Fraga, que não refletem muito a opinião da maioria dos Libertários(defesa do meio-ambiente, huh?).

      • Matheus Kiskissian

        Você só vai ser capaz de entender criticamente o que o Dâniel e outros aqui defendem quanto tiver algum conhecimento sobre o que é liberalismo.

        Experimente “Ação Humana” e “As Seis Lições” de Ludwig Von Mises para começar.

        • Nyappy!

          Human Action para começar é dose, hein?

          Eu recomendaria primeiro “Economia numa única lição” de Henry Hazlitt.

    • http://tsavkko.com.br Raphael Tsavkko

      Quem disse que é uma virtude? E quem disse que é simples opção? Você já conversou com algum dependente de crack, conheceu a história dele pra afirmar isso? Pois eu já. Conversei com pais de família, com gente muito pobre, com outros que eram de classe média. cada um tem uma história diferente.

      De quem nós dependemos? Da sociedade, de cada um de nós. E o governo não te deu nada? Então, por favor, pare de pagar suas contas e você não terá mais direito a andar na rua asfaltada pago com seu imposto, nem na energia pública paga com seu imposto. Não pegue transporte público também, porque ocê paga, mas ele é subsidiado. Nem use sue carro, porque as empresas só vieram pra cá porque o Estado lhes deu isenções e benefícios e por aí vai.

      A ideologia liberal de privatizar vem repassando aquilo que pagamos aos bolsos de empresários que nos fazem pagar mais ppor serviços muitas vezes piores – vide telefonia celular, que é um lixo. Cara, ineficiente, com atendimento péssimo…

      Acho engraçado o ódio contra o “governo”, esse leviatã terrível, às vezes também chamado de Estado… Quem VOTOU nesse governo? Quem escolheu esse governo?

      Quanto ao autor do texto, nunca estudei em escola pública nem precisei de saúde pública. Minha família sempre pôde pagar por serviços privados, mas ao contrário de muitos, sempre teve a compreensão de quem nem todos podem se dar ao luxo e nunca achou um absurdo pagar para que outros possam ter ao menos o mínimo de dignidade.

      E, sério que você não depende de ninguém? Você é uma ilha? Uau, um verdadeiro achado sociológico! Seus vídeos não precisam ser vistos por ninguém para que você tenha sucesso? Só você vendo basta? Ninguém precisou criar o Youtube e permitir que ele, de graça, distribua seu vídeo ao mundo?

      • Nyappy!

        A ideologia liberal de privatizar vem repassando aquilo que pagamos aos bolsos de empresários que nos fazem pagar mais ppor serviços muitas vezes piores – vide telefonia celular, que é um lixo. Cara, ineficiente, com atendimento péssimo…

        Você sabe o porquê disso? Regulamentações ridículas da Anatel que limitam a tão odiada concorrência.

        Passagens de avião? Regulamentações igualmente ridículas da ANAC.

        Combústíveis? Monopólio legalizado da Petrobrás.

        Tudo isso os socialistas do PT, PSDB, PSOL apóiam e defendem com vigor.

    • Daniel

      Dâniel, seu ingrato! rsrs

      Como assim o governo não te deu nada? E a infraestrutura do Brasil? Pode ser questionável mas você tem uma casa, água e esgoto encanado e luz elétrica, bicho.

      E ninguém te deu nada também? E seus pais? E seus avós?
      Você não nasceu do nada. Você nasceu num berço privilegiado, cara.

      Você sempre vai depender de alguém. E sempre terão pessoas a depender de você.

      • http://www.tsavkko.com.br Raphael Tsavkko

        Resposta simples e ótima, Daniel!=)

      • http://vilarnovo.wordpress.com Pablo Vilarnovo

        Como assim “deu”. Sim, o governo nunca me DEU nada. Energia, esgoto, infraestrutura são PAGAS pelo MEU imposto. Dinheiro que sai do MEU bolso e vai para o cofre do governo fazer o serviço. E seu eu PAGO não é DADO.

        Na boa, não é muito difícil entender isso.

        “A ideologia liberal de privatizar vem repassando aquilo que pagamos aos bolsos de empresários que nos fazem pagar mais ppor serviços muitas vezes piores – vide telefonia celular, que é um lixo. Cara, ineficiente, com atendimento péssimo…”

        Um lixo? Comparado a o que? A telefonia celular que existia antes da privatização? Onde só uma elite tinha celular? Quando as pessoas aqui do Rio tinham que comprar celulares de Minas Gerais e gastar os tubos para fazer uma ligação? É cara? Bom, poderíamos começar a tirar os impostos acachapantes do custo.

        Empresa visa lucro? Claro! Aliás, deve. O motivo de uma empresa existir é o lucro, pois através dele paga os salários de seus funcionários, reinveste em seu negócio e (atenção!) paga os impostos. Que malvadas não é!?

        Não consigo entender porque atacas tanto no mercado, pois ele nada mais é a mesmíssima sociedade que você tanto defende. Mercado e sociedade são a mesma coisa. Outra: a única coisa que o mercado consegue fazer é definir preço. Tão somente. O resto que você ataca e chama de mercado são grupos de pressão, corporativismo que se deitam com o governo e quanto mais governo, mais corporativismo.

        Faça um exércício. Pegue a relação dos países com os maiores indices de liberdade econômica e cruze os dados com os países com o maior índice de desenvolvimento do PNUD. Tire suas próprias conclusões.

        Verá que mesmo os países escandinavos que aqui no Brasil tem a pecha de socialistas, apresentam altíssimos níveis de liberdade econômica.

        Luxemburgo, Islândia e Dinamarca estão a frente dos EUA em termos de liberdade econômica. Finlândia está uma posição atrás. Será que é coincidência o Chile ser o país mais bem colocado no PNUD e no Índice de Liberdade Econômica na América Latina?

        Será coincidência que os países mais mal colocados no IDH também serem os mais mal colocados em liberdade econômica?

    • Marina

      “O autor poderia responder: de quem nós dependemos? Tudo que tenho foi comprado com meu esforço pessoal. O governo não me deu nada e ninguém me deu nada também.”

      Quem te deu educação pra conseguir todas essas coisas?
      Ou foi o Estado, ou foram teus familiares. Ou tu saiu trabalhando e pagando teus estudos desde os seis anos de idade?

      A idéia não é defender o paternalismo do Estado, e sim que nós dependemos de terceiros, querendo ou não. Agora, pra alguns, tirando o Estado, não há terceiros que possam prover seu sustento e educação. E aí vêm os outros (os que tiveram estas condições) querendo relegá-los às periferias sociais, simplesmente porque não tiveram tal oportunidade.

  • João Pedro

    Ser um animal social não significa que você tem obrigação sobre os outros, os homem interagem socialmente e se reúnem em sociedade porque atingem os seus fins individuais mais facilmente dessa forma, e interações sociais são simplesmente interações sociais, ninguém colocou uma arma na sua cabeça e obrigou você a usar crack, e os usuários de crack não são donos das outras pessoas para reclamarem parte do que essas pessoas produzem para seus próprios fins contra a vontade delas, e a maior parte dos ricos são corporativistas e não libertários, é um preconceito de sua parte usar tal tipo de ad hominem, invés de argumentar seriamente contra tal ideologia.

    • http://tsavkko.com.br Raphael Tsavkko

      Difícil argumentar seriamente contra uma ideologia estúpida ao ponto de achar que as pessoas são ilhas e que que acontece com outras não interessa ao coletivo, que uma parte podre deve ser abandonada porque “escolheu”.

      • Nyappy!

        Difícil de argumentar seriamente com uma pessoa que chama uma ideologia estúpida e ao mesmo tempo distorce os valores da mesma baseando-se nos seus próprios preconceitos.

        Vejo um monte de espantalho e ad hominem em todas as argumentações que você escreve, stay classy.

        Não sou “Libertariano” ou Libertário de direita, como Noam Chomsky quer que você pense.

  • André Poffo

    Creio que deva haver poucos ou nenhum libertário que pense que fumar crack seja algo bom ou que desejaria isto para alguém.
    Sou a favor da legalização de todas as drogas, principalmente por que ninguém possui um direito natural de proibir alguém de utilizar ou consumir algo que afete somente a si mesmo. Além deste ponto jusnaturalista há o ponto utilitarista, que diz que qualquer ‘guerra’ contra as drogas, se mostrará ineficiente por ser extremamente cara e custosa (custará principalmente vidas) e ineficaz, pois nunca acabará 100% com as drogas.
    Se você é usuário de crack você deve arcar com todas as consequencias, sim. Se começarmos a tirar o peso das escolhas das próprias pessoas nós começaremos a incentiva-las a fazerem as coisas erradas ou ineficientes ou improdutivas, tal como o Bolsa Familia.

    Há um estudo que diz que a maconha pode ser usada como medicinal para saciar a ânsia por drogas mais pesadas, os usuários de crack poderiam se tratar com isso. Seria extremamente benéfico para todos. Além disso, gostaria que você pensasse a respeito do argumento a partir de 1:50 deste vídeo: http://www.youtube.com/watch?v=-shwabBMEXQ

    Ademais o que fazer atualmente? Jogá-los a força em uma clinica de recuperação? Para que se tornem agressivos e façam mais mal ainda? Se o drogado não quiser se recuperar ele não irá se recuperar. Temos que nos focar nas atitudes que impedirão que hajam mais drogados, as alternativas são descriminalizar e legalizar o consumo e a produção de todas as drogas. Se o drogado fizer algum mal para sociedade, tal como vandalismo, roubo ou assassinatos, terá que ser julgado como um criminoso e arcar com as consequências, da mesma forma que qualquer outra pessoa.

    • http://tsavkko.com.br Raphael Tsavkko

      Tem razão, o Bolsa família é péssimo, era melhor quando as pessoas simplesmtne passavam fome, pediam dinheiro na rua ou se prostituiam, né?

      Que nuncap recisou de ajuda não sabe o que é estar na mais completa desgraça.

      No mais, só posso lamentar que existe um pensamento ão desumano permeando parte da sociedade. Tratar um dependente como lixo ao invés de tratá-lo é realmente típico de quem acha que a sociedade é e deve ser totalmente individualziada e individualista. só espero que você nunca precise de alguém.

  • http://www.mises.org.br Alexandre

    Nossa, quanta ignorância acerca do libertarianismo.

    • http://www.tsavkko.com.br Raphael Tsavkko

      Proporcional a ignorância dos “libertarianos” em relação à realidade?

  • http://www.mises.org.br Alexandre

    “Ou seja, não se trata de uma escolha individual, mas do resultado de interações sociais, de diversos fatores que muitas vezes independem da vontade única do indivíduo.”

    Peraí! Parem as prensas!!

    Quer dizer que o indivíduo não escolhe usar droga?

    Então todo viciado foi obrigado – seja lá por quem ou pelo que – a se viciar?

    Nossa, vc os considera seres humanos ou cachorros?

    E outra: então, se vc está certo, deve existir um jeito de se prever quem vai se viciar, certo?

    Por favor, que jeito é esse?

  • Rodrigo

    Minha opinião sobre a economia é a seguinte:O estado deve ter o dever de fiscalizar e regulamenta-la pois quando não algum controle, a economia fica vulnerável a crises como a que assola os Estados Unidos,mas isso não significa que ela tem que ser socialista que também é um desastre e exemplos não faltam:Cuba,Coréia do Norte,URSS e Leste Europeu.

    • André Poffo

      “pois quando não algum controle, a economia fica vulnerável a crises como a que assola os Estados Unidos”

      Já passou pela sua cabeça o número total de agências controladoras que existem nos EUA? Será que a crise não veio, justamente pelo alto controle e regulamentação do setor financeiro? O Setor financeiro é absolutamente o setor mais socialista que temos, mundialmente falando. E este é o grande problema. Libertários tentam explicar isto para as pessoas que não conhecem economia, mas elas simplesmente ignoram os dizeres e caem no senso comum da mídia, que é exatamente o contrário dos fundamentos econômicos.

      Eis uma seção de artigos sobre crises econômicas, tenha a bondade de dar uma olhada: http://mises.org.br/Ebook.aspx?id=8

      • Rodrigo

        Dicas De Filmes: Trabalho Interno e Capitalismo: Uma História de Amor de Michael Moore e Livro:A terapia de Choque de Naomi Klein.

        • Nyappy!

          Michael Moore é um dos maiores trambiqueiros socialistas que já existiu!

      • http://tsavkko.com.br Raphael Tsavkko

        HAHAHAHAHAHA! Desculpe, mas eu tive de rir diante de tanta besteira! Será que os EUA não quebraram ourumam pra isso porque o que não façta é empresa safada fazendo jogada por debaixo dos panso com dinheiro dos outros? Hmmmmm, será???

        • Rodrigo

          Os EUA estão mal,mas o nosso país agora é a 6ª maior economia do mundo e com boa parte da nossa população na Classe C e nós não iremos acabar como a Grécia ou a Espanha,pois temos reservas suficientes e um mercado interno forte.Textos:”A América É Aqui” e ”Comemorando Pelas Razões Erradas”.

          • http://www.tsavkko.com.br Raphael Tsavkko

            É? Até qd? Vai sonhando que a situação do Brasil é sustentável.

            • Rodrigo

              PS:Todos os economistas afirmam que o Brasil será afetado pela crise, mas sairá dela mais forte e os artigos no comentário anterior mostram um exemplo nisso.

            • Rodrigo

              Quais indicios e provas você tem para comprovar que o Brasil será fortemente afetado por essa crise?

  • Cristiano Rodrigues Ruiz

    Então que dizer que, nós libertários, somos responsáveis e temos que pagar por quem usa crack???? As pessoas que experimentaram o crack pela primeira vez, sabiam e muito bem os males que ele poderia lhes causar e optaram por seguir em frente. Agora, nós, que não elegemos essa vida, somos obrigados a pagar por isso??? Que pensamento “comunista, socialista, ptista” e absurdo…

    • http://www.tsavkko.com.br Raphael Tsavkko

      Exato. somos TODOS responsáveis pela sociedade na qual vivemos. Se você precisasse de ajuda eu estaria mais que feliz em contribuir com minha parte, assim como gostaria que o mesmo fosse feito se algo acontecesse comigo.

  • carlos-fort-ce

    salve, tsavkko,

    parabéns pelo artigo.
    polêmico, é claro, mas esclarecedor para esse tal de “libertarismo” da nova era que não tem nada a ver com os libertários de outrora.
    esses comentaristas de “sum paulo” conseguiram juntar num mesmo balaio de gatos os anarquistas de antigamente com os devotos atuais do deus mercado. que doideira, meu povo!
    abçs

    • Nyappy!

      Sou do nordeste, libertário e atualmente tentando aprender economia austríaca.

      Qual é o seu ponto?

      • http://www.tsavkko.com.br Raphael Tsavkko

        É, vai morrer tentando, pq se vc acha que pregar que o estado é mauzinho e o capital é bonzinho é “economia”, melhor rever conceitos…

        • Nyappy!

          Eu acho que é você que tem que rever seus conceitos de criacionismo econômico.

          Mises já faz uma tese acabando com a ideia da possibilidade do socialismo em 1920: http://www.mises.org.br/Article.aspx?id=1141

          Ou até mesmo fazer concessões a ideias socialistas em um sistema de livre mercado: http://www.mises.org.br/Article.aspx?id=1194

          Eu recomendo a leitura, mas talvez você não quera ler — já que é mais confortável.

  • Rafael

    Pobres também fazem escolhas morais, o caminho da degradação das drogas é amplamente divulgado, se o sujeito faz essa opção, ela é sim consciente, que fatores sociais, biológicos, e até conômicos entram no processo de tomada de decisões é inegável, mas não é justo para com o cidadão que nas mesmas circunstãncias trilha outro caminho arcar com os custos das opções hedonistas e irresponsáveis de outros.

  • Cristiano Rodrigues Ruiz

    “parabéns pelo artigo.
    polêmico, é claro, mas esclarecedor para esse tal de “libertarismo” da nova era que não tem nada a ver com os libertários de outrora.”

    Vixe, mais um PT/PCDoB/PCB/PSTU/PSOL que ainda acredita no regime de Fidel e deve usar o boné do MST e a camiseta do Che Guevara…. Aff……

  • Rhyan

    Liberdade presupõe responsabilidade. A pessoa não nasce viciada, ela busca a droga antes de ter vícios químicos e/ou psicológicos.

    Sua argumentação pode ser usada para defender a internação forçada.

  • http://tsavkko.com.br Raphael Tsavkko

    Aliás, recomendo aos “libertários” de plantão:

    “Nesses casos, quando a pessoa procura a droga, ela já está psicologicamente doente. O seu uso só agrava esse quadro. Tratar os usuários como caso de polícia é similar a espancar um doente que está em um hospital – a diferença aqui é que o paciente não está no hospital e nem sempre sabe que precisa de ajuda. Sofrimento e dor para quem já está sofrendo e doente; isso não parece ser coerente. É incrível e assustador ver a quantidade de pessoas que apóiam essa abordagem quando vejo os comentários das notícias sobre a cracolândia e a truculência da polícia nos maiores meios de comunicação na internet.”

    http://papodehomem.com.br/cracolandia-desespero-de-quem/

    Maconha, cocaína, crack, variações aparentadas das drogas lícitas, como cigarro, álcool. Todas matam, aliás, maconha em si nunca matou ninguém. Temos a liberdade de consumir todas essas? Temos, mas também temos, como sociedade, que arcar com as consequências daquilo que permitimos. Liberdade é linda, mas tem um custo social claro e, às vezes, pesado.

  • http://www.pliber.org.br Bernardo Santoro

    Nós, libertários, não somos insensíveis à dor alheia. Insensíveis sim são os estatistas, como você, que inclusive resolveram curar os viciados através da dor e da abstinência, como foi visto na semana passada.

    Impor a dor como modo de cura para o vício é que é uma sociopatia grave.

    A guerra contra as drogas sempre foi e sempre será uma guerra fadada ao fracasso, por um motivo muito simples: pessoas gostam de se drogar. Além do prazer de se drogar ser um direito individual natural (tal como fazer sexo consentido, comer chocolate ou beber álcool), a existência do crack está intimamente ligada à intervenção do estado no mercado de drogas. O crack, como derivado da cocaína, só existe porque a cocaína é muito cara para ser consumida pelos pobres, em virtude da proibição. Com isso, ricos consomem cocaína e para os pobres sobram o crack e o oxi, drogas muito mais pesadas e infinitamente mais destrutivas. Em um livre-mercado, o próprio vendedor de drogas deixaria de vender o crack, pois o crack mata rapidamente seu cliente, ao passo que a cocaína só mata em casos extremos de consumo e exagero (assim como o álcool).

    Além disso, o fato de deixar os viciados em crack (que, repisa-se, só existem por causa da interferência do governo) abstinentes não significa em absoluto que eles vão se tratar. Pessoas em abstinência de crack sofrem tanto que podem buscar o suicídio ou se tornarem extremamente violentas.

    Esses viciados precisam sim sair dessa condição, mas isso se dá com carinho e com trabalho psiquiátrico, psicológico e até religioso, visto que as igrejas em geral fazem um excelente trabalho privado de recuperação de drogados.

    O que não podemos, e não vamos apoiar nunca, é a continuação de um círculo vicioso em torno desse tema, onde a proibição do comércio de drogas pelo Estado gera a distorção da existência do crack e depois toda a sociedade é roubada pelo Estado para “tratar” o viciado (ponho entre aspas porque nenhuma clínica de reabilitação no mundo reabilita o paciente através de choque de abstinência, é um trabalho gradativo).

    E seu discurso fácil de solidariedade como legitimação para uma dupla violência (contra o drogado e contra a sociedade) é totalmente desprovido de conteúdo.

    • Hugo Silva

      Interessante como as pessoas vem aqui falar em nome das outras (Nietzsche chamava isso de espírito de rebanho…): “nós, os libertários…”.

      Mas, mais interessante, é o déficit de leitura. O autor defende a proibição ao comércio de drogas? O autor defende a atuação na cracolândia? Eu li e entendi que não. Entretanto, na última afirmação está lá: “e seu discurso fácil de solidariedade como legitimação para uma dupla violência (contra o drogado e contra a sociedade) é totalmente desprovido de conteúdo”.

      Legitimação da proibição? Onde está isso no texto? O problema desse liberalismo de boutique (que liberalismo não é – vide Hobbes, Locke e outros iluministas) é achar que o liberalismo é uma teoria que defende liberdade sem limites. Locke já escreveu: o nome disso é libertinagem (Segundo Tratado sobre o Governo).

      Acho que essa moçada precisa largar o Mises, o Hayek e outros menos cotados e ir ler os verdadeiros clássicos; os iluministas.

      Aliás, excelente artigo Raphael, como sempre.

      Abraços a todos.

      • http://www.tsavkko.com.br Raphael Tsavkko

        Valeu hugo! É bem por aí. é o mesmo que Marxistas irem buscar inspiração em Stálin ou Mao, só tem deturpação do ideal original.

        Eu discordo do liberalismo clássico, claro, mas o respeito, tanto por ser de uma época em que era válido raciocinar daquela forma, tanto porque trouxeram até avanços práticos e mesmo teóricos.

        O resto é balela. Teóricos de botequim que não conehciam nada de realidade achando que o mercado é bonzinho porque sempre foram privilegiados por eles, mas nunca foram ver a realidade de quem estava lá embaixo,s endo vítima, sendo oprimido – basicamnete a franca maioria do povo.

        Liberdade é uma maravilha, então vou sair na rua matando, porque sou livre pra isso, não sou? Ou há limite?

        • Hugo Silva

          É, o problema em geral do liberalismo clássico é que eles são muito ingênuos, acreditam em auto-regulação, em um tipo de unidade social (de interesses, perspectivas, ideias) e, por isso, não conseguiram antever muitos dos problemas e conflitos que temos hoje em dia.

          Neste sentido, Hobbes ainda é o melhor dos liberais clássicos porque coloca a necessidade do Estado a partir dos conflitos privados e da dominação do mais fraco pelo mais forte. Ainda assim, seu Estado me parece muito grande e pouco limitado.

          Por isso, acho interessante o trabalho de alguns filósofos que tentam resgatar o liberalismo, mas misturando-o com o socialismo (liberalismo formal e socialismo material) para tentar resolver esse tipo de lacuna. Recomendaria muito Ferrajoli (esse filósofo do Direito).

          Sempre gostei dos seus textos. São excelente contraponto à “voz” dominante na opinião pública brasileira.

          Abraço!

      • Nyappy!

        Você já leu Mises; já leu Hayek?

        É bem cômodo falar na economia austríaca como se ela discordasse inteiramente(na verdade, não discorda em quase nada) do liberalismo iluminista ou se ela defendesse a libertinagem, coisa que Mises e Hayek simplesmente não defenderam, diferente de Rothbard.

        Interessante como as pessoas vem aqui falar em nome das outras (Nietzsche chamava isso de espírito de rebanho…): “nós, os libertários…”.

        Não deu para entender que ele falou em nome da ideologia, não em nome das pessoas? Falácia desnecessária.

        • Rodrigo

          Em algum país as ideias da escola austríaca deram certo?

          • Nyappy!

            As ideias da escola austríaca não são convenientes para a elite bancária — que quer ter ‘dinheiro’ de sobra para emprestar — e nem para os governantes, pois eles querem prover ‘educação’, ‘saúde’ — mesmo que capengas — e esmolas para o povo, assim eles podem comprar votos para as próximas eleições, a falta de um banco central e instauração de um livre mercado de moedas acabaria com essa farra do estado, e ele tenderia a ser mínimo.

          • Nyappy!

            Ah, e respondendo sua pergunta, não totalmente, mas vemos que nos países com mais liberdade econômica são os países que geralmente tem maior IDH.

            Até o Chile é melhor que o Brasil em vários aspectos.

        • Hugo Silva

          Claro q li.

          Não acho cômodo, apenas verdadeiro. Mises e Hayek entendem de econômia (jamais discordaria disso), mas não entendem de política. Se tivessem mais conhecimento histórico saberiam que os Estados Nacionais que temos hoje (em crise, é bem verdade) não foram dados pelos céus ou acompanharam a humanidade por toda a sua história.

          Os Estados foram inexistentes ou mínimos na maior parte da história humana e o liberalismo clássico é uma resposta não só ao Estado absoluto como também a ausência de Estado da Idade Média. Não é uma tentativa de volta a não-regulação dos poderes privados, mas sim a limitação dos poderes públicos e dos privados.

          Nada é mais estranho ao liberalismo clássico que um Estado mínimo no sentido proposto pelo libertarianismo do século XX. O Estado deve ser mínimo em sua intervenção nos direitos dos cidadãos, mas deve limitar ao máximo os poderes privados, isto é, os poderes exercidos por empresas, instituições, companhias, indivíduos extremamente ricos, etc.

          Lógico q o liberalismo clássico é ingênuo e não consegue visualizar a necessidade de prestações positivas estatais para limitar os poderes privados (pq os cidadãos não são todos iguais e o exercício de poder não está localizado somente no Estado), além de sofrer de problemas de definições (o que são Direitos nunca é definido por nenhum autor).

          Por isso o Liberalismo acaba permitindo a dominação de homem sobre homem: apenas Hobbes (e os utilitaristas) conseguiu visualizar a necessidade de regras (e um Estado) para impedir essa dominação.

  • Rodrigo

    E então por quê os estudantes no Chile estão em protesto há vários meses?

    • Nyappy!

      Porque são socialistas que não conseguem ganhar por via eleitoral, os próprios grupos que mandam no país não irão desliberalizar a economia para perder votos da maioria, nem a Bachelet fez isso, bons resultados econômicos já cala a boca de uma grande parte da população, mesmo se isso representar alguma diminuição das liberdades individuais.

      Pinochet foi muito melhor que os militares brasileiros, pelo menos fez algo útil para o Chile, mesmo reprimindo violentamente os manifestantes socialistas.

      • Rodrigo

        Mas é possível ter liberdade econômica junto com justiça social e democracia,basta unir essas forças e Pinochet foi um ditador e de nada valeu o crescimento econômico sem a democracia e a justiça social.

        • Nyappy!

          Essa é a ideia do Libertarianismo, unir liberdades individuais com liberdade econômica, que no fundo são uma coisa só.

          Recomendo ler esses artigos:
          Conceitos-chave do libertarianismo
          Mitos e verdades sobre o libertarianismo
          E ler esse livro onde o autor fala sobre temas polêmicos na visão libertária

          Justiça social é simplesmente cada ser humano ter seus direitos naturais e ter liberdade individual para fazer suas escolhas. A retórica de justiça social na boca dos políticos do Brasil é a esmola para os miseráveis ficarem gratos e votarem neles nas próximas eleições, isso não é justiça social.

          • Rodrigo

            Mas o Brasil aos poucos está mudando esta realidade,por exemplo antes tinhamos a 74ª posição na distribuição de renda,agora somos a 55ª posição e um artigo que você deve ler é:”Comemorando Pelas Razões Erradas”de Ricardo Amorim.

  • Nyappy!

    Opa, só reiterando.

    Libertários não defendem a pena de morte, pare de distorcer uma ideologia por ignorância, obrigado.

  • Alexandre

    Adorei a matéria, parabéns a você e ao professor…

  • http://twitter.com/bruninha_xuxu Bruna Viglio

    Acho engraçado como a discussão , que comecei a acompanhar agora se desvirtuou. Particularmente, nao me atraio por essa discussao de estado X liberais e acho que a questao do crack ficou um pouco de lado. Mas é nisso que irei me ater.
    DE qualquer forma, achei interessante o que o Raphael colocou. É importante lembrar que é claro que há uma escolha. Afinal, em ultima instancia, ninguém obriga essas pessoas a fumar. No entanto, as escolhas sempre se dão dentro de um contexto LOTADO de variaveis, tanto sociais, familiares, psicologicas etc. e por essa razão não podemos entender o uso de drogas como ” ele sabia, pegou o cachimbo , fumou e ta na rua viciado”. o buraco é mais embaixo e em larga escala ” quem tomou a cervejinha tbm sabia que podia viciar” e nós não pensamos assim quando bebemos no sábado a noite, ou até pra esquecer algum problema.
    Uma outra questão que me chama atenção no campo é o valor social do crack. O “nóia” é muito mais marginalizado do que o alcoolista do boteco , que por sua vez , é mais marginalizado do que o alcoolista do uísque. Acho que até o momento nao conseguimos fazer uma discussão sobre as cracolândias, sem entender os usuarios como dependentes e nao como marginais, pobres, etc. Enfim, creio que a maior parte de nós , não descolou o uso do crack da pobreza em si. Em outros paises, outras drogas ocupam a posição de ” droga dos pobres” e ficam também em alta, assim como crack no Brasil ( ex.crystal meth nos EUA). Acho que a dimensão da pobreza não pode nunca ser esquecida quando falamos no uso de drogas porque nossos preconceitos e valores se misturam ai, bem mais do que quando um colega começa a fumar qualquer coisa, beber demais, etc. E devemos parar e pensar nisso, quando sentirmos vontade de ter “nojinho desses zumbis”
    Outra coisa que venho observando no meu cotidiano e nos comentários sobre o tema é o quanto nós também, além de não conseguirmos separar o pobre, miserável do dependente, nós também não conseguimos separar o crack do usuário. Definitivamente, o crack não é leve, relaxante e inofensivo e não quero que achem que estou defendendo, porque não estou. Mas o que me parece é que levamos a discussão para ele , como se ele fosse O problema. Ou seja, tirem o crack do mundo e ele fica cor de rosa. Provavelmente a vida do cara era uma maravilha até que PAM, tropeçou na rua e caiu de boca num cachimbo aceso e viciou. O crack é apenas o objeto e entendendo a situação dessas pessoas ,o uso que elas fazem dessa droga, pra que elas usam, que poderemos entender melhor. Por que alguns vão parar nas ruas usando todos os dias? Por que outros conseguem sair? Por que uns experimentam e não usam mais?
    Eu acho que essa guerra às drogas erra nos dois lados. No social, ao achar que a droga em si ( a substancia) é o principal no uso prejudicial, achando que eliminando as drogas o mundo será lindo e maravilhoso, quando na verdade o uso de drogas faz parte de diversas culturas há milênios, inclusive da nossa. Achar que se conseguirá erradicar isso, me parece no mínimo, ilusório. Além disso, essa guerra prejudica o individuo usuário que ao invés de ser visto como sujeito em sua totalidade ( afinal, ele não é so nóia, pode ser pai, filho, estudante, trabalhador , etc) é resumido a sua condição de dependente de drogas que OBVIO, deve ser erradicado junto com a droga. E para erradicar isso, POLICIA.
    O Estado tem que promover a saúde, pelo menos é o que muita gente pensa, e essa questão está dentro disso. Se o “noia” cometer um crime, que pague por ele. Não é essa a questão. Não podemos tratá-lo como criminoso antes de um crime ser cometido. Que o estado, assim como oferece tratamento a fumantes, motoristas de alta velocidade, trabalhadores de alto risco ( ele que quis trabalhar numa plataforma, eu não obriguei), portador de HIV,grávidas enfim, a todos os cidadãos, que esse Estado também passe a tratar dependentes como pessoas que necessitam de auxilio para lidar com essa condição. Não são vitimas e coitadinhos, nós nunca somos. Mas, tambem não são culpados dos males do mundo sendo justo que tenham tratamento como todos nós

    • Hugo Silva

      Concordo com tudo q vc escreveu, Bruna. Com certeza o problema é mal equacionado pela opinião pública brasileira e pela grande mídia.

      Muitos dos que aqui vieram defender o libertarianismo é pq sentiram sua ideologia atacada sem perceber que o Raphael critica um libertarianismo vulgar, um libertarianismo à brasileira que é usado também para condenar o usuário de crack “pq tinha liberdade de escolha”.

      Abraço!

    • http://www.tsavkko.com.br Raphael Tsavkko

      Excelente comentário, Bruna1=)

      • Rodrigo

        Gostaria de te perguntar algumas coisas a você.Primeiro:Quais são as suas maiores críticas ao Libertarianismo e ao Dâniel Fraga e Por Quê?,Segundo:Por Quê você é contra a privatização dos aeroportos,sendo que atualmente comandados pelo serviço público não funcionam de forma adequada?Terceiro:Você acredita que a Escócia poderá se tornar um país ainda nesta década,levando em conta que eles farão um plebscito sobre isso e Por Quê? e Por Último:Por Quê você é credulo quanto a resistência econômica brasileira e Por Quê?

  • FLÁVIA VIANA

    Olá queria te pedir uma ajuda sobre as clínicas de reabilitação públicas , tenho um debate pra fazer e nao estou achando muito na rede sobre as péssimas condições dessas clínicas de reabilitação . Ninguém mostra o assunto , peço ajuda e desde já agradeço .

  • Dirce

    Discussões a parte, que texto ruim esse heim. Mal escrito, repetitivo, retórico, fala, fala, fala e não fala nada. Não tem um objetivo, não expõe uma idéia própria, fica repetindo o que os outros escrevem – claro, ele vai chamar isso de citação. Me poupe. Aprenda primeiro a escrever, depois tente argumentar. Ruim esse texto, pra não dizer outra coisa.

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