Tenho vergonha de ver a presidente de meu país indo visitar, cheia de cortesias, uma ditadura sanguinária.
A morte na semana passada, por greve de fome, de mais um preso político cubano, trouxe de volta a indignação contra a política externa do governo petista que comanda o Brasil. Wilman Villar Mendoza, preso do governo ditatorial cubano, foi a mais recente vítima da ilha onde o sonho socialista se converteu em realidade.
Por mais triste que pareça essa tragédia, ela não foi forte o bastante para cancelar a viagem da presidente Dilma a Cuba. A presidente, tão rigorosa quando o assunto é a Comissão da Verdade, parece relapsa quando a ditadura a ser criticada é de caráter socialista.
Por mais triste que pareça essa tragédia, ela não foi forte o bastante para ser estampada na capa dos principais veículos de comunicação brasileiros. Também não foi forte o bastante para provocar protestos de várias ONGs brasileiras de direitos humanos. Nem para se espalhar na internet.
Mas foi forte o bastante para mobilizar a tropa de choque da desinformação. Esses valentes, sempre no anonimato, espalham que 1) Wilman Villar Mendoza não era preso político, e 2) não teria morrido de greve de fome. Mais alguns dias e eles dirão que Mendoza nem preso estava…
A morte do preso político é mais uma das inúmeras tragédias à qual a ditadura submete sua população. Mas vamos, por um momento, nos abster dessa última ocorrência: será que todas as violações aos direitos humanos que ocorrem diariamente em Cuba já não são suficientes para que o governo brasileiro rompa relações diplomáticas com o regime? O que mais falta para causar indignação aos nossos diplomatas? O que mais falta para causar indignação no governo brasileiro? Qual é o número de vítimas necessário para que tomemos alguma atitude diplomática contra Cuba?
Eu não apóio a política externa brasileira. Tenho vergonha de ver a presidente de meu país indo visitar, cheia de cortesias, uma ditadura sanguinária. Quantos mais terão que morrer, ou sofrer nas prisões cubanas, para que o Brasil finalmente condene Cuba por violações dos direitos humanos?
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