O Brasil está ruim? Por que protestamos?

Uma avaliação da situação brasileira e dos motivos que levaram aos protestos de rua.


protestos

1.

Era para isso aqui ser um texto sobre a queda de popularidade da Dilma no último Datafolha, mas, entre ter combinado isso com nosso editor e escrever efetivamente o texto, a casa caiu. A pretexto do aumento da passagem de ônibus, protestos de rua explodiram em São Paulo e em outros lugares, e a ação da Polícia Militar jogou gasolina na fogueirinha e o bicho pegou.

Antes de falar dos protestos, falemos um pouquinho do tal Datafolha. A pesquisa é essa aqui. Na verdade não significa quase nada, porque é mal feita ou mal apresentada. Por exemplo, podemos saber quantos avaliam como ótimo/bom, regular e ruim/péssimo. Dentro do “ótimo/bom”, não divulgam quantos consideram “ótimo” ou quantos consideram apenas “bom”. É sabido que há diferenças muito significativas entre o que a gente diz numa pesquisa que avalia um governo e o que a gente decide na hora da eleição quando escolhe um candidato. Aliás, a pesquisa do Datafolha é sobre a eleição de 2014; a avaliação da presidenta é só um detalhe. Se me entrevistassem, por exemplo, eu daria nota 5 para o governo Dilma (a média na pesquisa atual foi 7,1) e classificaria o governo como Regular (junto com 33% dos entrevistados). Se me sobrarem como opção em 2014 a Dilma e o Aécio, com certeza voto na Dilma. Ou seja, uma coisa é o que a gente pensa dos governos (também tem uma pesquisa sobre o governo Alckmin, e sua avaliação não é muito diferente da de Dilma), outra coisa é o que gente decide quando vê o menu que os partidos nos oferecem no tempo das eleições. Como o menu oferecido pelos partidos vai ficando cada vez pior, diante de uma sociedade cada vez melhor informada e mais exigente, o resultado é que a gente vai precisar ir pra rua quebrar tudo cada vez com mais frequência.

Os partidos políticos representam um tipo de ação política muito específica: grupos de pressão organizados, que têm como objetivo assumir o controle do governo para implantar certos tipos de decisão política. Obviamente esta é apenas uma das possibilidades de contestação. O século XX viu uma organização política centrada em grandes partidos classificáveis em direita, esquerda ou centro, ligados a grupos como as milícias fascistas, as organizações do laicato católico, os sindicatos de trabalhadores, os partisans comunistas etc.

No século XXI já ficou muito evidente a dificuldade de fazer representar anseios populares pela via dos partidos. Os partidos foram se tornando presas fáceis para as grandes empresas capitalistas, as únicas capazes de financiar campanhas eleitorais cada vez mais profissionais e mais caras, no sistema eleitoral chamado antigamente pelos comunistas de democracia burguesa (ou democracia liberal, ou democracia representativa, ao qual opunham o conceito de “democracia popular”, eufemismo para um governo do Partido Comunista sem qualquer tipo de democracia). O Brasil talvez tenha sido um dos últimos países em que a ficha caiu, porque o PT era um partido bem acima da média mundial em termos de representatividade dos movimentos populares e contestatórios.

De certo modo, para Lula chegar ao poder o PT decidiu (não sem considerável divergência interna, e o conveniente esmagamento dos grupos que preferiam continuar ligados aos movimentos sociais) abraçar o lado profissional das campanhas eleitorais, afastando-se do modelo de partido contestatório, para se tornar um partido que pretendia “chegar ao poder para fazer o que der”. Muito pouco.

“Fazer o que der” era o lema de Fernando Henrique Cardoso, que expressava isso com o bordão “o governo do possível”. O possível para os dois mandatos do presidente tucano foi derrotar a hiper-mega-ultra inflação e consolidar um mínimo de instituições democráticas para transformar o país em algo próximo do “normal”. Esse funcionamento normal de um país ocidental continuava disponível apenas para uns 20 a 30% da população, enquanto uma grande massa pobre experimentou considerável alívio por escapar da corrosão inflacionária. Sem hiper inflação era melhor do que com ela, mas a vida estava longe de ser boa.

O governo Lula aproveitou aquela estrutura de país “normal” deixada a duras penas por FHC e enfrentou os principais problemas que ainda assolavam o país. Aliás, um parêntese: quem percebia que estava tudo muito ruim durante o governo do PSDB ainda tinha como saída radicalizar e votar no PT. Era uma opção que vinha se construindo e solidificando ao longo de pelo menos 20 anos (se desconsiderarmos todas as tradições comunistas e trabalhistas que o PT herdou ao ser fundado em 1980). Quando o PT subiu ao poder com Lula, deixamos de ter uma opção de radicalizar elegendo um partido de oposição. A opção política existente passou a ser voltar atrás com o PSDB – ressalte-se que as candidaturas de Alckmin e Serra sempre se comportaram de forma muito mais conservadora do que FHC jamais sonhou ser.

O negócio de Lula era manter a inflação estável como FHC deixou, mas gerar emprego e distribuir renda. Parecia bem difícil, mas até que deu certo. O desemprego hoje é baixíssimo, e os salários passaram uma década subindo acima da inflação, com especial destaque para o salário mínimo. Para melhorar nossa situação, ficamos muito bem na comparação com as economias maduras do Ocidente, que desde 2008 vivem às voltas com uma situação horrível de desemprego crescente e salários em queda.

O problema no Brasil é que nós já estamos chegando a 20 anos de relativa estabilidade econômica (não riam, eu sei que ainda falta muito para o Brasil chegar perto de um funcionamento econômico “normal”), e deu tempo pra gente perceber que foi apenas uma melhora muito relativa. É melhor esse nosso patamar consistente de inflação rondando os 5% anuais do que aquela inflação monstruosa que a gente vinha engolindo desde o final da década de 1970. Eu mesmo fui um cara que passei toda a minha vida consciente (sou de 73) dentro desse caldo de hiper inflação. E poder ir ao supermercado sem calculadora científica foi realmente um grande ganho pra mim, pelo qual eu fiquei agradecido aos céus por mais de uma década.

2.

Mas vejamos que nossa perspectiva de melhora futura chegou ao limite. E aí entra um pouco de psicologia política. Fazemos dois tipos de comparação quando pensamos nossa situação política geral. Uma com o passado, outra com as perspectivas de futuro. Neste sentido, vivemos a maior parte do nosso tempo numa situação otimista: tudo no Brasil era tão ruim que não podia piorar. Todo mundo que está vivo no nosso país (em geral gente que se tornou adulta depois de 1930) passou por coisas que o diabo duvida mas viu uma situação de progresso contínuo: urbanização, industrialização, crescimento econômico, assimilação das massas na política, produção de uma cultura brasileira que nos deu identidade e relevância, clubes de futebol e uma seleção capazes de nos dar alegrias e orgulho. As dificuldades foram muitas, mas é difícil achar algum grupo estatisticamente relevante que não tenha tido uma vida melhor que a de seus pais. Bem como era difícil encontrar pais que não tivessem a perspectiva de, por pior que fosse sua própria vida, poder garantir uma vida bem melhor para seus filhos.

Essa festa acabou. O Brasil passou todo o século XX como “o país do futuro”. Agora, o futuro chegou pra nós e caiu a ficha que, mesmo que as coisas tenham melhorado muito, continuam bem ruins. A gente pode olhar pra Europa e dizer: os caras estão ferrados, com desemprego e crise. Mas continua sendo verdade que qualquer desempregado europeu (vamos deixar o Leste europeu e os Bálcãs de fora dessa) vive melhor que a maioria dos bem empregados brasileiros.

Agora vamos ter que enfrentar um problema um pouco mais sério, e mais difícil de resolver. Como é que faz para virar um país de classe média, ou de vida confortável para todo mundo, se a gente passou 500 anos construindo cuidadosamente uma estrutura para ser usufruída apenas por 5% da população?

Quem está com 25 anos hoje no Brasil (o limiar do conceito de “jovem” na sociologia econômica) é da primeira geração em que todo mundo frequentou a escola básica. É da primeira geração que nasceu majoritariamente nos grandes centros urbanos. É da primeira geração que cresceu com as facilidades de comunicação e informação da telefonia celular e da internet. Por outro lado, esse cara que está com 25 anos não teve um bom Ensino Médio, exceto para uma elite de uns 30%. Também não frequentou o Ensino Superior, exceto para uma elite de uns 5%. Talvez tenha smartphone, mas não tem metrô. Talvez tenha TV por assinatura, mas dificilmente tem coleta e tratamento de esgoto. Provavelmente tem emprego, mas não sabe se consegue chegar vivo em sua casa na periferia. Vai ver uma Copa e uma Olimpíada no Brasil. A última Copa em nosso país foi quando seus avós eram crianças, mas foi uma Copa sem as principais seleções europeias, organizada pelo Brasil porque os outros países não queriam ou não podiam. Então, a Copa de 2014 era para o Lula mostrar pro mundo o Brasil grande que a gente construiu, não é legal? Acontece que os franceses se recusaram a vir para a Copa de 1950 porque teriam que jogar em cidades com distância de 3000 km – imagino que Recife e Porto Alegre, que é mais do que a distância de Paris a Moscou, só que lá dá para ir de trem, enquanto aqui…

Bem, estamos de novo organizando uma Copa, e continuamos não tendo transportes decentes, nem por rodovia, nem sobre trilhos, muito menos o aéreo e pior ainda o aquaviário. Isso vale para quem quer atravessar as nossas distâncias continentais, ou para quem quer meramente ir de São Paulo para a praia num feriadão. Pior, vale para quem quer apenas chegar no trabalho todo dia: é um inferno, seja de ônibus, de carro, de trem, de metrô, a pé ou de bicicleta. As nossas cidades ficaram inviáveis. Aliás, se parece estranho ficar falando de futebol no meio desse assunto, lembremos que os protestos estão acontecendo justo agora tem tudo a ver com Copa do Mundo. Tem vários textos muito bons por aí evidenciando isso: por exemplo, Luciano Sobral aponta para o caso das novas “arenas” esportivas como paradigma de uma falência econômica que se avizinha. No site Impedimento (sobre futebol) saíram dois textos ótimos, acho que os melhores sobre os protestos – de Daniel Cassol e de Luiz Felipe dos Santos. Para não falar na questão das remoções forçadas por causa da Copa, assunto sempre acompanhado de maneira vigilante por Raquel Rolnik.

É por isso que a gente tem que ir pra rua quebrar tudo. Não adianta ter emprego e salário e não ter cidade pra viver. Não adianta ter crédito para comprar carro, e não conseguir andar com ele na rua.

Teve gente completamente cega da vida e do mundo que ficou dizendo que o aumento da passagem de ônibus de R$ 3,00 para 3,20 não era motivo de protesto; que quem tava na manifestação era só playboy que nem anda de ônibus.

Bem, meus caros, só pra lembrar, o tal jovem de 25 anos “classe média” tem mais razões para protestar do que ninguém. Esse cara vive num Brasil melhor do que provavelmente qualquer um de seus antepassados. E provavelmente somos nós, os mais velhos e rabugentos que estamos sentados aqui, agora que temos internet e TV a cabo, xingando os garotos de arruaceiros, porque eles estão reclamando do Brasil que passamos pra eles. A gente acha que fez muita coisa boa, e que eles estão apenas reclamando de barriga cheia do país que construímos. Mas se a gente pensar um pouco melhor, vai pra rua quebrar tudo junto com eles.

Vamos pegar o meu caso: sou um professor universitário com cargo público, salário acima da média. Comi o pão que o diabo amassou para chegar aqui na vida profissional, e tenho motivos para estar muito satisfeito. Entretanto, tenho mais motivos ainda para estar insatisfeito. A nossa tal inflação de 5%, que vem persistindo nas últimas décadas não é tão baixa assim. Só é bem menor do que aquela que eu me acostumei quando era criança. Por outro lado, a inflação está bem pior do que isso se a gente considerar alguns aspectos pontuais.

Já provaram que a passagem de ônibus subiu bem mais que a inflação desde 1995. Acho que também já fizeram contas como essas para tarifas de energia elétrica, telefone, combustíveis etc. A gente engoliu isso enquanto dava para pagar com o aumento de renda que aconteceu nos governos do PT. Acontece que o aumento de renda também aumentou a pressão por produtos e serviços que não temos condições de garantir para todos. Moradia, por exemplo. Meu aluguel triplicou em 10 anos (mesmo com uma mudança para um bairro bem mais afastado), e eu nunca vou poder pagar por um imóvel próprio. Mas pelo menos tenho moradia digna, ao passo que mais da metade da população brasileira está longe disso. Morar perto do trabalho então, é um luxo quase impensável.

Educação está cada vez mais cara, mas não está melhorando muito. O colégio das minhas crianças subiu 15% a mensalidade de 2012 para 2013. Mas a qualidade do ensino que lhes oferecem piora continuamente. Já estou procurando um colégio mais barato, mas a maioria das opções é tão cara quanto, e de qualidade pior. A escola pública (na qual estudei minha vida inteira) pode ser uma opção? Pode, mas é difícil conseguir vaga, e mesmo morando em uma cidade cuja escola pública vai bem nas avaliações comparativas (Curitiba), os problemas são graves e desanimadores.

Tenho plano de saúde privado, um luxo pelo qual sempre paguei com gosto, pois era consideravelmente melhor do que depender do atendimento do SUS. Acontece que de dois anos pra cá todos os médicos que me atendiam se descredenciaram do plano, e marcar uma consulta para menos de 60 dias é quase impossível. O SUS não melhorou muito, mas os planos de saúde pioraram bastante. Resta quem pode pagar 300 rais por uma consulta particular (metade de um salário mínimo, não nos esqueçamos).

O que estou tentando dizer é que, agora que resolvemos os problemas mais básicos — controlando a hiper inflação, criando empregos e gerando renda –, ficaram evidentes todos os outros problemas estruturais graves que temos, e cujas soluções estão muito longe de estar a caminho. A gente vai ter que se conscientizar de que só vamos terá uma vida digna quando o país tiver serviços públicos universais com qualidade mínima – isso vale para educação, saúde, transportes e segurança pública.

E, nesse campo, o que estamos avançando? Quase nada. Já ficou claro que os governos do PT não estão caminhando para solucionar essas questões básicas, e ainda estão bem afastados de outras questões fundamentais como os direitos das mulheres, dos negros, dos homossexuais. Voltar ao PSDB não é uma opção neste sentido, muito menos qualquer outro dos nossos partidos, que são em geral bem piores que os dois maiores.

Aí a gente esbarra no problema urgente que é fazer uma reforma política, uma reforma do judiciário. Mas quem teria que fazer isso são nossos deputados e senadores, com os quais a gente obviamente não pode contar para nada sério. Quando os canais de ação política tradicional se esgotam, e a nossa vida deixa de melhorar, chega o momento de ir pra rua. Aliás, a única coisa que realmente impressiona é como a gente demorou tanto pra se dar conta disso.

Amálgama




André Egg

Professor da UNESPAR, professor colaborador no PPGHIS-UFPR, colaborador da Gazeta do Povo. Um dos organizadores do livro Arte e política no Brasil: modernidades (Perspectiva, 2014).


Amálgama






MAIS RECENTES


  • Maria de Fatima Amorim

    André, no seu artigo, você faz um apanhado de boa parte das mazelas do país, concordo, apesar de ter focado questões sofridas mais pela classe média, pois, numa perspectiva mais dirigida à pobreza, não entrariam plano de saúde, escola privada, etc. Quando você diz “mesmo que as coisas tenham melhorado muito, continuam bem ruins” tem razão, e até mostra a dificuldade de resolução de problemas tão complexos e profundos com “Agora vamos ter que enfrentar um problema um pouco mais sério, e mais difícil de resolver. Como é que faz para virar um país de classe média, ou de vida confortável para todo mundo, se a gente passou 500 anos construindo cuidadosamente uma estrutura para ser usufruída apenas por 5% da população?” Você tem razão, 500 anos não são 500 dias; esses 5% são aferrados aos seus privilégios e vão às últimas consequências para mantê-los; além disso, infelizmente o Brasil teve, desde a colonização, mais governos interessados no poder e em encher os próprios bolsos do que no bem comum, além dessa cultura espúria e milenar da corrupção, que atinge até o cidadão comum que sai feliz do restaurante se o garçom esquecer-se de anotar algum item.
    Entretanto, é importante reconhecer que o governo do PT mudou a vida de categorias sociais historicamente relegadas, embora tenha cometido e ainda cometa muitos erros, além de, infelizmente, ser comprometido com setores que um governo realmente popular não seria. Entretanto, ainda creio que, dentro do leque de opções políticas existentes no país, só retrocederemos se apoiarmos a oposição atual, cujas velhas propostas e condutas já são sobejamente conhecidas. O que talvez falte mesmo para o país melhorar seja a cobrança continuada ao governo atual e a todos que o seguirem; sair dessa modorra só despertada espasticamente e circunstancialmente como agora; parar de acreditar em tudo que a imprensa publica e, sobretudo, parar de esquecer em qual vereador/deputado/senador votou e cobrar as reformas e as promessas.
    Outra coisa: raramente as manifestações populares vão às ruas com a intenção de quebrar tudo; em geral, a violência é iniciada pelos representantes do Estado contra o povo, é assim em praticamente todo o mundo. Quando você diz “o resultado é que a gente vai precisar ir pra rua quebrar tudo cada vez com mais frequência.” assume (acredito que sem querer) uma postura de apoio ao vandalismo, que ocorre muitas vezes ou por provocadores infiltrados, ou como resposta à violência ou por ser de difícil controle manifestações de multidões. Imagino que seja mais profícuo dizer que “Quando os canais de ação política tradicional se esgotam, e a nossa vida deixa de melhorar, chega o momento de ir pra rua.”, pois já se provou que, no exterior ou no Brasil, mesmo em tempos bicudos, ir às ruas para protestar pode ser transformador.

  • Maria Marta Picarelli Avancini

    A análise mais lúcida e completa que li. Parabéns! Excelente.

  • Marisa de Castro Galdino

    Estou de acordo, com tudo que esta acontecendo em nosso País,

    mas acredito na grande mudança, não só com a conscientização

    do povo brasileiro, mas a mudança urgente em nossas LEIS,.

    Enquanto os nossos valores estiverem invertidos, ficará muito

    dificil mudar nosso País.

    Marisa

  • ieda egg silveira

    Seus comentários sobre a situação do nosso país e a única solução apontada, de ir para as ruas e quebrar tudo, já que estamos impossibilitados de intervir diretamente nas decisões políticas, me parecem como que um desabafo (tal qual as vaias para a Dilma).
    Nisso concordo: extravasar a raiva, a própria impotência, a indignação! Mas, na verdade, acho que também não resolve nada!
    Confesso: me sinto fraca diante da força do mal…

  • Maille

    Triste, muito triste. A pergunta é: “acordamos tarde demais?”

  • Maria Trindade Aires Portela

    Os miasmas da atual política nos entorpece, e não vejo uma saída sem uma profunda reforma.

  • http://gooogle ebs

    Meu Deus! que análise mais lúcida e contemporânea, André! você se inseriu no contexto, sem ser ególatra.Você viu os anseios dos jovens que chegaram à classe média, com os esforços de suas famílias e sem as qualificações desejadas num ensino de qualidade, sem o saneamento, sem o urbanismo de suas cidade. Eles veem seus avós e pais e outros familiares sendo humilhados na rede de saúde e morrendo sem atendimento e falta de leitos hospitalares públicos .Eles veem o capitalismo selvagem na saúde.Eles veem o jogo mercantilista dos partidos políticos e a surdez dos representantes eleitos aos apelos…O que lhes restou? SAIR ÁS RUAS e GRITAR…Como fizemos para derrubar a ditadura, um presidente arrogante e a inflação… Se eles não o fizessem “até as pedras gritariam”.

  • Leao

    Prezados, o momento e oportuno para levantarmos a bandeira pelo VOTO DISTRITAL.

  • César L. Miguel

    Boas palavras, André.
    Grato.

  • Correa

    O Brasil e um Pais onde as instituicoes governamentais sao muito fracas sem nenhuma legitimidade, os problemas que o Brasil tem sao muitos : Educacao, saude, seguranca publica, habitacao, infraestrutura, corrupcao que esta presente em todos os niveis. Para resolver esses problemas e preciso que se tenha uma forte instituicao politica, infelizmente esse nao e o caso do Brasil. Porque o Brasil nunca foi um Pais serio. Charles de Gaulle estava certo quando disse “O Brasil e um pais que nao deve ser levado a serio”.