Futebol não é a verdade e a vida (ou, melhor dizendo: aprendam estatística)

por Otávio Dias – Em tempos de Copa, quaisquer assuntos tratados que não estejam relacionados ao campeonato mundial são colocados em segundo ou terceiro plano. A motivação é bastante simples: tornamo-nos um país monotemático. E quando o time sai da competição uma enorme tristeza se abate sobre a população. Tristeza sem motivo, desproposital.

Nenhum brasileiro demonstra tristeza quando seu presidente demonstra despreocupação com as leis de seu país, recebendo seis multas por desrespeitá-las; e nenhum brasileiro fica triste quando se declara que a qualidade do ensino da escola pública de seu país está um bocado atrás daquele oferecido pelas escolas da rede particular ou ainda que mesmo o ensino da escola privada é muito, muito falho; e nenhum brasileiro fica triste quando jornais são amordaçados – felizmente jornais estrangeiros podem falar com mais isenção que qualquer um de nós, sujos de graxa – ou tentam nos empurrar um conselho de jornalismo de função, no mínimo, contraditória. Aliás, o brasileiro não fica triste nem por ter um único motivo de orgulho nacional (que de nacional tem muito pouco, como bem apontou o Fernando Lima).

Vejo graça. Trato disso porque o brasileiro resolveu fazer uma caça às bruxas, procurando culpados pelo retorno da seleção sem o troféu de campeã e, em especial, crucificar o volante Felipe Melo. Fazer troça sobre o tema, como alguns têm feito por aí (dica do @Alessandro_M), é perfeitamente normal, cabível, saudável. Mas há exageros e uma falta de bom senso que chamam a atenção porque, como diria o diretor do Teatro de Amadores, “todo mundo quer ser rei.”

Aponto o que ninguém quer ver, deixo registrado. Em primeiro lugar, a seleção de futebol não é um bem nacional – e querer que seja não muda o fato de que não é. Pode muito bem ser considerada como uma forma de levantar o moral e propagandear uma ideologia, como ainda acontece com atletas da China e dos Estados Unidos, nas mais diversas áreas (xadrez, natação, atletismo, curling, etc.). Saiba, entretanto, que há muito que estas motivações estão impregnadas por interesses comerciais de todo tipo. As participações em eventos esportivos não são determinadas democraticamente, a menos que estejamos falando do campeonato de futebol da Vila Xurupita. Abordando tangencialmente este tema, deixo o ótimo texto escrito pelo @gravz indicado.

Em segundo lugar, digo algo que adoro repetir e aplico aos mais diversos casos: o espaço (dos jogadores de futebol, pra esse texto) não é ordenado. Ou, em outras palavras, essa estória de que o jogador fulano de tal é melhor que jogador beltrano – isso no período de um ano – é uma gigantesca bobagem. Até seria mais fácil acreditar nos clamores de melhor atleta da temporada em alguns esportes (como o beisebol) em que existem estatísticas reais sobre os jogadores (como a quantidade de home runs), coisa que não existe no futebol – ou existe, mas de maneira pífia, quase medieval, que tem como estatísticas importantes a quantidade de arremessos laterais das equipes. Mas, como ia dizendo, até seria mais fácil, e pra fundamentar minha dúvida cito um trecho de O andar do bêbado, de Leonard Mlodinow:

Eu esperava que a chance de Maris de igualar o recorde de Ruth fosse aproximadamente igual à de Jack Whittaker, que, alguns anos atrás, gastou um dólar a mais depois de comprar biscoitos para o café da manhã numa loja de conveniências e acabou ganhando US$314 milhões na loteria de seu estado. Essa teria sido a chance de um jogador menos talentoso. Porém, os home runs de Maris normal, embora não fossem comparáveis aos de Ruth, ainda estavam bem acima da média. E assim, a probabilidade de que Maris normal quebrasse um recorde em virtude do acaso não era microscópica: ele igualou ou quebrou o recorde de Ruth uma vez a cada 32 temporadas. Isso pode não aparecer uma boa probabilidade, e provavelmente não teríamos apostado em Maris, nem no ano de 1961 em particular. Mas essa probabilidade leva a uma conclusão surpreendente. Para entender por quê, façamos agora uma pergunta mais interessante. Consideremos todos os jogadores que tiveram o talento de Maris normal e todo o período de 70 anos que vai do recorde de Ruth ao início da “era dos anabolizantes” (em que, em virtude do uso de drogas pelos jogadores, os home runs se tornaram muito mais comuns). Qual é a chance de que algum jogador, em algum momento, igualasse ou quebrasse o recorde de Ruth em virtude somente do acaso? Seria razoável acreditar que Maris apenas calhou de ser o escolhido para receber essa temporada aberrantemente sortuda?

A história nos mostra que, nesse período, havia cerca de 1 jogador a cada 3 anos com o talento e oportunidades comparáveis aos de Maris normal em 1961. Quando somamos todos eles, chegamos à conclusão de que, em virtude apenas do acaso, a probabilidade de que um desses jogadores tivesse igualado ou quebrado o recorde de Ruth foi de um pouco mais de 50%. Em outras palavras, ao longo de 70 anos, é esperado que algum jogador que habitualmente acerta algo em torno de 40 home runs tenha um pico de 60 ou mais home runs numa temporada – um fenômeno semelhante ao estalido ocasional que ouvimos em meio à estática numa ligação telefônica ruim. Também é esperado, claro, que endeusemos ou difamemos – e analisemos eternamente – quem quer que seja essa pessoa “sortuda”.

Uma ideia similar pode ser aplicada aos diferentes times que participam de um campeonato, qualquer seja.

Em terceiro lugar, Felipe Melo errou, sim, e como diria o grande Lipan, sentou em cima depois. Verdade, não tem como negar. Mas daí a criar uma corrente de eventos que começa com a falta, o pisão, a expulsão e a suposta conseqüente eliminação? O passo é enorme. Essa causalidade pode existir – repito: pode existir –, mas a relação de causalidade que vem sendo inferida não é óbvia e, menos ainda, uma realidade, possibilidade única. Muito mais prejudiciais à seleção foram a ausência de um elenco melhor e a falha (de comunicação?) que levou ao segundo gol e, de uma forma muito mais direta e objetiva, o fato de, claro, terem levado dois gols e marcado apenas um durante o período regulamentar de jogo.

Ou seja: gosta de futebol? Diverte-se assistindo? É apaixonado pela batalha da pelota? Maravilha. Mas se é pra sair quebrando pessoas e prédios, se é pra pegar jogador e brincar de fantasiá-lo de Judas pra depois malhar, deixo uma dica: leia O Andar do Bêbado, aprenda um pouco de estatística, compre um caderno de Sudoku.



  • http://cafecomritalina.wordpress.com Eve F.

    Muito bem colocada a sua opinião.
    Não posso generalizar, mas a grande maioria dos brasileiros importa-se com o país somente quando um time de futebol entra em campo, e acabam por serem tomados por um patriotismo passageiro, que se extingue quando termina o campeonato ou as piadas sobre o técnico e os jogadores.

    Não torço pela seleção brasileira, e sou criticada por isso. Mas então, eu pergunto aos meus amigos: o que torcer por um time mudará na minha vida, eles perdendo ou ganhando? Nada. E ainda faço outra pergunta: você se preocupa com seu país assim na época das eleições, quando você definirá que pode mudar sua vida durante 4 anos?

    Não digo que não gosto de futebol, gosto sim, mas não levo tão a sério a ponto de esquecer que o que importa não é um time que entra em campo, mas sim o meu voto que entra na urna. Prefiro me preocupar com o destino político e econômico do país do que se somos hexa ou não.

    • http://caducando.wordpress.com Otávio

      Pois é, Eve. Não tem mal algum em ser apaixonado, mas daí a esquecer da vida, é demais. E olha que sequer entrei em méritos como a violência dentro e fora dos estádios…

  • Ivonilda

    Futebol não é a verdade e a vida, essa máxima é cristã, não? Bem, de qualquer forma não entendo a necessidade de textos assim, tudo bem, a muito o que ser criticado, a postura fanática de alguns torcedores, por ex., que culminam, inclusive, em crimes (as torcidas organizadas, por assim dizer, merecem atenção especial), como também – e que foi apontado no texto – a incapacidade do “povo” se reunir para outros propósitos que não envolvam comemorações.

    Mas daí a tentar tirar o “Futebol” da vida das pessoas há um abismo. Para mim, quando o autor sugere que não deva existir esse caráter passional que é marca da nossa cultura – visível, inclusive, pela intensidade com que o brasileiro apreende tudo isso -, há uma tentativa de imprimir algo com o qual eu e, acredito, muitos outros não nos identificamos. Quer se assuma ou não, o futebol faz parte da identidade brasileira – outras pessoas podem falar muito melhor que eu a respeito disso.

    Não espero que o Futebol seja a verdade e a vida, mas admito que a tristeza seria real, concreta se eu não fizesse parte de uma nação que, apesar de todos os problemas, ainda possui sensibilidade para fruir do esporte, da arte… Esse sim seria o caso de se lamentar.

    Aliás, falando em lamentação, lamento também pelo fato de que o autor indique – ainda que não para efeito de embasamento – um texto cujo título é “Brasileiros e CBF: um povo que só fala bobagem”.

    A intenção pode até ter sido boa, mas talvez seja hora de articular melhor o seu pensamento – a respeito do Futebol e todo o resto.

    • http://caducando.wordpress.com Otávio

      Ivonilda,

      Particularmente, acho engraçado quando dizem não enxergar necessidade em algo e acho graça especial no seu caso: futebol é uma necessidade? Não vejo necessidade em passar um ano acompanhando um time, qualquer seja… vejo, entretanto, necessidade de desenvolver a mente e discussões críticas; felizmente não temos que concordar um com o outro, não somos obrigados a ter a mesma opinião.

      Não entendi também quando disse

      “Mas daí a tentar tirar o “Futebol” da vida das pessoas há um abismo,” porque não acredito ter feito isso em momento algum. Fiz críticas, e tenho tanto direito de criticar quanto quem acha que Dunga é isso e Felipe Melo é aquilo.

      E quando fala em intensidade, acho que você ignora o fato de que habitantes de outros países podem e de fato são tão intensos quanto os brasileiros, independente de como demonstrem isso. Mais: é possível ser intenso com assuntos que não dizem respeito a esportes, ponto.

      Aliás, sobre intensidades, sensibilidades, futebol e arte, pergunto: quantos brasileiros choraram quando o teatro cultura artística foi queimado? Alguém que não seja da classe artística discute leis de fomento, nesse país? Pois eu – solitário ou não – me permito lamentar isso.

      E me permito lamentar que fale mal de um texto que, aparentemente nem leu, talvez porque ofendida pelo título. Não a culpo. Um amante do futebol certamente preferiria ver um título como “CBF 1 x 0 povo brasileiro.” E, finalmente lamento que lamente eu ter liberdade pra indicar textos e publicar minhas idéias, liberdade essa que é dos mais importantes pilares da democracia. E se estou certo quanto ao título, lamento que julgue um livro pela capa: não refutou o texto do outro autor, não é mesmo? Fico feliz que podemos todos lamentar.

      Sua intenção pode ter sido boa, mas talvez seja hora de você.. bom, deixa pra lá, não quero ser acusado de explicitar a importância da história ou de um bom livro na vida de qualquer e toda pessoa.

      A sua liberdade de se expressar e adorar futebol é apenas e tão somente tão grande quanto a minha de dizer, criticar

      • Ivonilda

        Não temos que concordar, é verdade, mas meu comentário é em resposta ao modo que você apresentou o texto. A mim me parece que há uma sugestão de caráter excludente entre posicionamento crítico e paixão pelo futebol, ponto. Não entro em outras questões relacionadas a outras manifestações artísticas, a minha divergência parte apenas desse princípio apresentado.

        Sobre o texto indicado, pensei em deixar claro que o li, mas não julguei necessário. Aliás, discordândias à parte, o que menos me instiga a fazer comentários, seja no Amálgama ou em qualquer outro espaço aberto a comentários, é o fato de as pessoas enxergarem todo comentário discordante como uma tentativa de “refutar”. Meu deus, quem sou eu para “refutar” texto de quem quer que seja. Isso me lembra Olavo de Carvalho, mas essa é outra história….

        E, por favor, indique o que julgar correto indicar. Agora fiquei interessada…

        • http://caducando.wordpress.com Otávio

          Ivonilda,

          depois respondo ao seu comentário seguinte, mas veja: da mesma forma que é possível discordar – e encorajo isso – também há de se compreender que o que outra pessoa publica não tem que ser encarado como uma verdade única e, claro, pode ir contra o consenso ou mesmo apenas contra o seu senso.

          É possível discordar por gosto ou, se preferir, por argumentação. Dizer “não gosto do título” e “a argumentação dele não tem pé nem cabeça” são linhas de conversa muito diferentes e ficar reduzido à primeira é… bem, soa redutor demais. Então, se não gostou de minha indicação, paciência, mas pra dizer que o texto dele não é bom e faz sentido será, sim, preciso argumentos.

          Entendo o que quis dizer nesse comentário, sobre meu texto ser excludente. Creio, entretanto, ter sido bem claro ao dizer “Mas se é pra sair quebrando pessoas e prédios, se é pra pegar jogador e brincar de fantasiá-lo de Judas pra depois malhar, deixo uma dica: leia O Andar do Bêbado, aprenda um pouco de estatística, compre um caderno de Sudoku.”

          Isso não é pra todo mundo, é?

  • Ivonilda

    Só destaco uma parte que esqueci de apontar no primeiro comentário. Desculpe fragmentá-lo, esqueci, mas não posso ignorar.

    “E quando fala em intensidade, acho que você ignora o fato de que habitantes de outros países podem e de fato são tão intensos quanto os brasileiros, independente de como demonstrem isso. Mais: é possível ser intenso com assuntos que não dizem respeito a esportes, ponto. ”

    Eu não disse que a) os habitantes de outros países não podem ser intensos de outra forma e nem disse que b) só se pode ser intenso com esportes.

    Repetindo, eu disse que a) a entrega ao esporte, mais especificamente ao futebol, denuncia o caráter passional do brasileiro; falei isso porque acredito que não basta ter progresso em relação ao pensamento, mas há que se ter sensbilidade – fiz alusão à arte e ao esporte. E também disse que b) seria o caso de se lamentar se não existisse nenhum “indício” (na falta de uma palavra melhor) de sensibilidade em um povo do qual eu fizesse parte.

  • http://caducando.wordpress.com Otávio

    Ivonilda,
    você falou no “caráter passional que é marca de nossa cultura”. Os hooligans ingleses e alemães não são tido como pessoas racionais; eles são passionais. O fato de que brasileiro é apaixonado por futebol não significa que tenha que ficar à toa na vida vendo a banda passar. E verdade, você disse que há intensidade com relação a outras coisas – e meu texto e comentário dizem que isso é uma meia verdade.
    Então, clareando, a) outros povos têm o mesmo caráter passional com relação ao futebol e, particularmente, não acho que ter sensibilidade com relação ao futebol ou à novela das 8 seja uma grande qualidade – afinal, cadê os argumentos artísticos, eu expus dois e não houve resposta – . E acho que, b) de novo, seu argumento soa como se só seu povo tivesse alguma sensibilidade. Se você nascesse na Tanzânia seria diferente, já que o futebol deles não é bom? Em outras palavras, você se orgulha de ser um exemplar do homo sapiens, como as pessoas de outros países, que se emocionam e são intensas?

  • Ivonilda

    Otávio,

    pensei que você tivesse sugerido que a paixão pelo futebol e o senso crítico fossem excludentes, confesso ter entendido entendido isso a partir do
    sentido do subtítulo do texto (“aprendam estatística”) e do próprio primeiro parágrafo. Mas como você afirma ter sido “bem claro” ao apontar esse outro
    parágrafo, só me resta pensar o real propósito do texto é um desabafo de quem não se interessa pelo referido esporte, ou seja, é uma opinião pessoal sua – pensei que você quisesse trabalhar isso a partir de um levantamento de dados, etc.

    Eu realmente não tinha entendido, talvez porque os exemplos são um tanto quanto descontextualizados, não há embasamento em alguns momentos, como quando você fala sobre a “privatização da seleção” (falta informações, dados), e acho que você se perdeu um pouco quando começou a comentar demais sobre o Felipe Melo. Realmente, vários meios de comunicação se focaram nesse jogador, é natural que alguém quando pretenda avaliar toda essa situação passe para análise do tal caso “Felipe Melo”, mas é que todas essas suas considerações me deixaram um pouco confusa e por isso falei que não entendia o motivo de textos assim.

    Enfim, minha dúvida foi sanada.

    Quanto aos seus “argumentos”, a saber, por que as pessoas com sensibilidade para manifestações artísticas como o futebol não choram quando o teatro é queimado, ou por que as pessoas que não pertencem à classe artística não discutem leis de fomento, eu sinceramente não sei te responder. Não sei nem se um esteta pode responder isso, ou seja, não sei se alguém consegue provar que os indivíduos têm menos sensibilidade (nesse caso, sensbilidade artística) por causa disso. Se isso está perfeitamente claro para você, me desculpe, mas para mim não. E em relação ao fato de meu argumento a respeito da sensibilidade do povo brasileiro, eu já tentei deixar claro no argumento anterior que a sensibilidade a que me referi não se reduz ao âmbito do futebol.

    • http://caducando.wordpress.com Otávio

      Claro, Ivonilda.

      Os exemplos são o contexto pra esse, não são eles que precisam ser contextualizados. Sobre a privatização da seleção, é pra isso que apontei outro texto.

      Desculpa de deixar confusa. Mas, sobre situações excludentes, só o que posso dizer é que o país parou pra ver 22 caras atrás de uma bola. O que pode ser mais excludente que isso?

  • Marcus Vinícius

    Só Misturas!

    Só vi opiniões que generalizam, que “agrupam”, vindas dos colegas leitores… Joguei futebol minha infância e adolescêncita toda, e esse foi um dos meios pelos quais conheci o conceito de respeito pelo outro, trabalho em grupo, e outros bons conceitos. Além da vida saudável, que até hoje, com 35 anos de idade levo- pratico esportes não tão intensamente como quando era menor, mas constantemente, hoje em dia.
    É um esporte, apenas, concordo plenamente. Mas, daí, acharem que o futebol “aliena”, “desvia” a atenção dos assuntos de política, por exemplo, é, como disse no título deste, mistura!
    O futebol apenas é um dos “ópios” que a sociedade nos apresenta, e cabe a nós, saber filtrar o que dele fumamos.
    Não saio quebrando coisas nem pessoas, mas gosto muito de colocar minha camisa verde e ir até a Rua Turiassu ver meu time jogar…esteja ele mal ou bem, esteja eu mal ou bem…simplesmente, vou.
    Não me podem taxar por idiota, alienado, trouxa, louco, ou qualquer que seja o adjetivo utilizado pelos intelectualóides que atribuem ao esporte qualquer problema social…é justamente o contrário!!! O comportamento das pessoas quanto a ele e outros “ópios” é que se ha´que prestar atenção.
    Acabou, vou pra casa.
    E, com a mesma frequência que pratico esportes, leio. E não achem que é Paulo Coelho, ou auto-ajuda.
    Além, é claro, do amálgama e toda a blogosfera.
    Abraços

    • Marcus Vinícius

      PS: Apesar de palmeirense, não votarei em José Serra.

    • http://caducando.wordpress.com Otávio

      “É um esporte, apenas, concordo plenamente. Mas, daí, acharem que o futebol “aliena”, “desvia” a atenção dos assuntos de política, por exemplo, é, como disse no título deste, mistura!
      O futebol apenas é um dos “ópios” que a sociedade nos apresenta, e cabe a nós, saber filtrar o que dele fumamos”

      Afinal, o futebol é um tipo de ópio e não aliena, é isso?

      Parte do meu texto é uma chacota, que leva ainda a outras, porque há (infelizmente) quem leia a cada 4 anos.

      Já disse – e ninguém chega ao final do texto, parece – que não tem problema em gostar de futebol. O problema é tornar o futebol uma razão de ser. É conhecer dois livros, uma música; achar-se dono do mundo por ser dono da bola.

  • Marcus Vinícius

    Otávio:

    Meu texto não pretende refutar as ideias do teu texto…isso que vc copiou, foram apenas constatações…
    Sim, o futebol é um ópio que “potencializa” a alienação. É como a maconha. Conheço pessoas que fumam e não têm coragem de fazer nada…entretanto, conheço gente que fuma o dia todo e tem esse dia completo e repleto em atividades.

    abraço

    • http://caducando.wordpress.com Otávio

      Pode ser. Mas maconha e ópio são muito diferentes, muito.

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