Everaldo adota valores economicamente liberais e moralmente conservadores
Metternich, o astuto ministro de relações exteriores da Áustria durante as Guerras Napoleônicas, notou que seu país já não era mais a potência dominante no cenário europeu. Seu trabalho era preservar o status da Áustria, como potência de primeira ordem, num cenário adverso. Metternich entendeu que, sozinha, a Áustria pouco representava. Contudo, era forte o bastante para determinar a vitória do lado que escolhesse apoiar.
Voto no Pastor Everaldo por um raciocínio semelhante ao empregado por Metternich. Os valores conservadores não são capazes de eleger um presidente hoje, mas são fortes o bastante para determinar qual lado irá vencer a batalha. Votar no Pastor Everaldo equivale a votar num conjunto de princípios morais e econômicos que estão relegados a segundo plano por outros candidatos. Fortalecer a candidatura do Pastor Everaldo é fortalecer os valores em que acredito, que definem minha pessoa e minha família. Fortalecer tais princípios é urgente. Fortalecemos, recuperamos, e consolidamos tais princípios hoje, para que em 2018 sejam esses os princípios dominantes que nortearão a escolha do próximo presidente.
Acredito, e defendo, a doutrina liberal-clássica, aquela baseada em sólidos princípios econômicos e morais, alicerçada em amplas bases filosóficas e respeitada pelo teste do tempo. Liberalismo clássico que respeita as decisões individuais, mas impõe às mesmas a responsabilidade pelas escolhas feitas. Não é função do Estado ser babá de seus indivíduos, mas é função de um pai se responsabilizar pela educação de seus filhos. Não cabe ao Estado dizer como uma família deve ser formada, e nem como um filho deve ser criado. A função do Estado é garantir a paz, a ordem, as liberdades individuais, a propriedade privada, e o respeito ao estado de direito.
A doutrina liberal-clássica, defendida e apoiada pelo Pastor Everaldo, adota valores liberais no que se refere ao arcabouço econômico de uma sociedade; e valores conservadores no que se refere a questões morais. Essa é também a minha filosofia e minha crença. Abaixo explicito o que esse conjunto de ideias representa.
Privatização de empresas, abertura econômica, meritocracia, competição, redução da carga tributária, redução do tamanho do Estado, redução da burocracia para fazer negócios, respeito à propriedade privada, controle da inflação e responsabilidade fiscal são os carros chefe do programa econômico do Pastor. Em outras palavras, Pastor Everaldo tem um programa econômico liberal. Nenhum outro candidato sequer se aproxima da defesa dessas ideias.
Responsabilidade individual, respeito à vida e proteção da família são os pontos norteadores do programa social de Pastor Everaldo. Um indivíduo deve ser responsabilizado por seus atos, independente de sua idade. Não é aceitável que jovens possam votar, mas ao mesmo tempo não possam ser responsabilizados criminalmente por seus atos. A vida deve ser protegida desde sua concepção, e não cabe ao Estado pagar por escolhas feitas por adultos cientes de suas responsabilidades e deveres. A família, concebida por séculos e séculos de ordem espontânea, é a base da sociedade. Destruir as bases morais da família implica necessariamente em se redefinir o conceito de sociedade, e pôr em risco a sobrevivência – nossa, de nossa família, de nosso modo de vida.
Por que voto no Pastor Everaldo? Porque ele é o único candidato que defende e divulga as ideias liberais clássicas de respeito à vida e livre iniciativa. Alguns me perguntam: mas será que ele acredita mesmo nisso? Minha resposta é simples: ele ao menos defende essas ideias em público, o que já é muito mais do que outros candidatos fazem. Outros dizem que ele apoiou partidos de esquerda no passado. Sim, é verdade. Mas acaso os outros candidatos não agiram do mesmo modo? Tais apoios são muito mais resultado do confuso ambiente político brasileiro do que de apoios explícitos. As ideias liberais clássicas defendidas pelo Pastor Everaldo me representam.
Adolfo Sachsida
Doutor em economia pela Universidade de Brasília. Autor de Fatores determinantes da riqueza de uma nação.
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