Em se tratando de literatura, por exemplo, a qualidade da obra de Luiz Inácio só perde para a da poeta dadaísta Dilma Rousseff.
colaboração anônima
Todos os anos, o prêmio Nobel consegue a façanha de irritar os brasileiros em pelo menos uma categoria. Este ano, contudo, os responsáveis pela honraria milionária conseguiram a proeza de irritar os brasileiros em absolutamente todas categorias, isto é, seis. Isso porque o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva não ganhou o Nobel da Paz, ao qual foi indicado como um dos favoritos. E, de quebra, o ex-presidente e atual presidiário não ganhou nenhum dos outros cinco a que certamente tinha direito.
Abaixo, listamos os motivos por que Lula deveria ter ganhado não só o Prêmio Nobel da Paz, mas também os de Economia, Física, Química, Medicina e Literatura, tornando-se, assim, o primeiro ser humano da história a alcançar o reconhecimento máximo em todas as áreas do conhecimento que o Alfred Nobel achava dignas de premiação.
Lula de Schrödinger
Lula merecia o Nobel de Física, mas a elite científica preferiu dar a medalha de ouro e o equivalente a US$1,4 milhão a alguns senhores brancos que pesquisaram não sei o quê não sei o que lá de um tal de exoplaneta. Injustiça!
Porque em 2018, de uma tacada só, o físico Luiz Inácio personificou dois dos conceitos mais enigmáticos da física: o Princípio da Incerteza, elaborado por Heisenberg (que mais tarde se pôs a fabricar metanfetamina no Novo México, mas isso é outra história), e o Paradoxo de Schrödinger – aquele do gato.
O primeiro porque não se sabe nem jamais se saberá com certeza um dia se Lula foi condenado justa ou injustamente. Cadê as provas?, gritam os militantes, o que é um dado empírico inegável da inocência/culpa de Lula. Colabora para o desenvolvimento da teoria a ambiguidade malandra do Grande Líder, que talvez tenha e talvez não tenha feito nada de errado – muito pelo contrário.
O segundo porque, naquele histórico dia 7 de abril de 2018, Lula fez o mais lindo comício de todos os tempos diante do Sindicato dos Metalúrgicos de São Bernardo, estando ao mesmo tempo solto e preso, preso e solto.
O maior de todos os alquimistas
Lula merecia não só o Nobel de Química deste ano, mas de todos os anos. E não por causa de alguma fórmula etílica que ele tenha por ventura desenvolvido na banheira de sua luxuosa cela na sede da Polícia Federal em Curitiba, mas porque ele realizou o sonho mais antigo da Humanidade ao transformar o éter (palestras, medidas provisórias, influência) em ouro, dólares, sítio, tríplex, etc.
Elixir do Lula
O tratamento ainda está em fase de testes em militantes, mas os resultados milagrosos do Elixir Lula são inegáveis e relevantes o bastante para lhe renderem também o Prêmio Nobel de Medicina. Em fase de desenvolvimento, ninguém sabe ao certo o que vai no elixir, nem se ele é administrado via oral ou nas nádegas, mas quem tomou atesta que a fórmula deixa qualquer pessoa de mais de 70 anos “com energia de 30 e tesão de 20”.
Poeta, dramaturgo, historiador, crítico, romancista, teatrólogo, filósofo, etc.
Embora não saiba ler e escrever direito e tenha certa aversão aos livros, Lula é um gênio da “literatura oral” em todos os gêneros. Ele se aventura com desenvoltura e beleza, sob aplausos da crítica e do público, pela literatura infantil (“O Estado nada mais é que uma mãe, e a mãe sempre vai dar mais atenção ao filho mais fraquinho”), pela sátira (“Eu estou com uma dor no pé, mas não posso nem mancar, para imprensa não dizer que eu estou mancando porque estou em algum encontro com portadores de deficiência”), pela crítica literária (“Um livro para uma criança, é como uma esteira para alguém da nossa idade. Dá uma preguiça desgramada, mas depois de uns vinte minutos a gente vê como é importante”), pela narrativa histórica (“Quando Napoleão visitou a China, ele cunhou uma frase que ficou famosa. Ele disse: A China é um gigante adormecido. No dia em que acordar, o mundo vai tremer”), pela literatura erótica/regionalista (“Ela engravidou no primeiro dia de casamento porque pernambucano não deixa por menos”) e até pela autoajuda (“Por mais que você não goste de sua aparência, afirme-se bonito”).
Em se tratando de literatura, a qualidade da obra de Luiz Inácio Lula da Silva só perde para a da poeta dadaísta Dilma Rousseff.
Luiz Iná$io
Lula tirou 60 bilhões de pessoas da miséria, lotou os aviões de pobres, transformou um açougue de fundo de quintal na maior multinacional do setor e resistiu ao maremoto de uma crise financeira internacional como se ela fosse só uma marolinha.
O inventor da paz
São muitos os motivos que explicam por que Luiz Inácio Lula da Silva deveria ter recebido o Prêmio do Nobel da Paz. Primeiro porque ele foi o inventor da paz ainda em 2002, quando se humilhou e renegou (de mentirinha, claro) suas ideias para escrever a “Carta aos Brasileiros” (que deveria ter lhe rendido o Nobel de Literatura daquele ano) para vencer as eleições. Depois porque Lula dividiu o Brasil entre nós e eles, criando um conflito ideológico com o intento de ser, no futuro, o apaziguador desse mesmo conflito. Gênio. Por fim, Lula é um preso político semelhante a Mandela, um líder pacífico como Martin Luther King, um homem incorruptível como Yasser Arafat e, de acordo com o também nobelizado ex-presidente estadunidense Barack Obama, Lula é “o cara”.
Amálgama
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