Nelson Barbosa na Fazenda evidencia que Dilma não tem a menor preocupação com o equilíbrio fiscal.
Joaquim Levy, ainda que com pouca autonomia, passava um mínimo de credibilidade, principalmente por vir de fora do governo.
Nelson Barbosa é da cota pessoal de Dilma e um dos articuladores da nova matriz econômica, aquela que reeditou, de forma mais atabalhoada ainda, o desenvolvimentismo da Era Vargas e de grande parte da Ditadura Militar. Sua ascensão só demonstra que o governo não tem e nunca teve compromisso com qualquer “ajuste” (na prática, apenas aumentaram impostos, alegando gastos “incortáveis”).
A terceira troca na pasta da Fazenda em um ano mostra que o governo abandonou definitivamente o legado do Plano Real e continuará insistindo na heterodoxia econômica.
Apesar de ter vencido politicamente com a decisão do STF acerca do impeachment, o governo se mostra incapaz de reagir e opta por “soluções” repetidas.
Talvez a própria incapacidade do governo seja uma vitória muito maior para a oposição e represente mais desgaste político do que a abertura de um processo de impeachment.
Às vezes, algumas coisas precisam se esgotar totalmente, por elas mesmas.